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Taxa de desemprego no Brasil chega à menor para o período em sete anos

O número foi puxado pela informalidade, com alta nas vagas sem carteira assinada

. A taxa de desemprego em agosto caiu para 8,9%, a menor desde julho de 2015

O Brasil começou o segundo semestre deste ano com os índices de desemprego mais baixos em sete anos. A taxa de desemprego em agosto caiu para 8,9% e é a menor desde julho de 2015, quando ficou em 8,7%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nessa sexta-feira (30).

A grande contribuição para esses dados foi do setor de comércio que contratou no Brasil 1 milhão e 800 mil pessoas, fazendo a taxa de desemprego cair para 0,9%. No entanto, o país ainda conta com 9,7 milhões de pessoas desempregadas e mais de 4 milhões de pessoas desistiram de procurar emprego.

Os dados da pesquisa foram levantados a partir de amostra de domicílios que calcularam a taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade e levou em conta os meses de junho, julho e agosto.

O número de pessoas que trabalham por conta própria foi de quase 26 milhões. Ao compararmos com o trimestre anterior, houve estabilidade. Mas em relação ao mesmo período de 2021, houve um avanço de 2,4%.

Para a professora de economia do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Vivian Almeida, a informalidade define a retomada como incerta.

“A contratação com carteira de trabalho faz com que, de alguma forma, se revele uma espécie de aposta no crescimento. Isso porque você precisa investir em si e arcar com uma contratação, que seja, uma série de obrigações. Então, a percebe essa retomada ‘impulso-resposta': você contrata a pessoa porque você está precisando”, explicou.

Ela destaca que o número de empregados sem carteira assinada no setor privado foi o maior da série histórica iniciada em 2012, crescendo 2,8% no trimestre. O rendimento real habitual cresceu 3,1% e está na média de R$2.713 em relação ao trimestre anterior.

A professora explica que a retomada do rendimento é lenta, pois o trabalhador que volta ao mercado encontra propostas salariais menores. “Se ganhava R$5 mil antes de ser demitido e, agora, alguém te oferece R$3 mil, você vai aceitar”.

Já em relação à melhoria de rendimento, o setor da agricultura e produção florestal teve um aumento de 7,2%. A indústria 4,4%. Já o comércio teve 3,5%. Apenado continua sendo o principal instrumento para o monitoramento da força de trabalho do país.

(com informações de Fabiano Frade)

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