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Projeção de inflação é reduzida pela décima vez, mas permanece acima da meta

Em junho, a inflação mensal foi de 0,24%, com queda nos preços dos alimentos. No entanto, o acumulado dos últimos 12 meses atingiu 5,35%, superando a meta pelo sexto mês consecutivo.

Projeção de inflação é reduzida

O mercado financeiro revisou novamente a projeção para a inflação oficial do Brasil (IPCA) para 5,07% em 2025, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central (BC). Esta é a décima redução consecutiva na estimativa. Para 2026, a previsão é de 4,43%, e para 2027 e 2028, 4% e 3,8%, respectivamente.

Apesar das revisões, a projeção de 5,07% para 2025 ainda está acima do limite superior da meta de inflação, que é de 4,5% (meta central de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual).

Em junho, a inflação mensal foi de 0,24%, com queda nos preços dos alimentos. No entanto, o acumulado dos últimos 12 meses atingiu 5,35%, superando a meta pelo sexto mês consecutivo. Essa persistência acima da meta em 2024 exige que o presidente do Banco Central envie uma carta ao ministro da Fazenda, explicando as causas e as medidas para corrigir o desvio.

Juros básicos (Selic) e impacto na economia

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. A desaceleração da inflação e o início da diminuição da atividade econômica levaram o Copom (Comitê de Política Monetária) a pausar o ciclo de sete altas consecutivas da Selic.

O Copom mencionou que a política comercial dos Estados Unidos aumenta as incertezas sobre os preços. A Selic deve permanecer em 15% ao ano até o final de 2025, com expectativas de queda para 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

Selic Alta: Dificulta o crédito e incentiva a poupança, desacelerando a economia e contendo a inflação. Bancos também consideram outros fatores, como risco de inadimplência, ao definir os juros cobrados dos consumidores.

Selic Baixa: Barateia o crédito, estimulando a produção e o consumo, o que pode impulsionar a economia, mas exige mais controle sobre a inflação.

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Crescimento econômico (PIB) e câmbio

A estimativa para o crescimento da economia brasileira (PIB) em 2025 permanece em 2,23%. Para 2026, a projeção é de 1,88%, e para 2027 e 2028, 1,95% e 2%, respectivamente.

No primeiro trimestre de 2025, o PIB brasileiro cresceu 1,4%, impulsionado pela agropecuária. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e a maior expansão desde 2021 (4,8%).

A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,60 para o final de 2025 e R$ 5,70 para o final de 2026.

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa jornalismo no UniBH e é estagiária do Digital na Itatiaia. É apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema e mãe do Joaquim