No Eloos, CEO da Cemig diz que corporation pode ser discutida para manter competitividade

Reynaldo Passanezi Filho participa do encerramento do segundo ciclo do Itatiaia Eloos, que tem como tema o setor energético

Reynaldo Passanezi Filho, CEO da Cemig

O CEO da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, comentou, durante o Eloos Energia, nesta segunda-feira (24) sobre a possibilidade da privatização da companhia em formato de corporation. O gestor afirmou que o tema é uma responsabilidade do governo estadual em conjunto com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), mas ressaltou que o assunto pode ser debatido como uma estratégia para tornar a empresa mais competitiva no mercado.

“O tema da corporação é do acionista controlador. Um tema do poder Executivo junto com o poder Legislativo. É uma discussão que deve ser levada à Assembleia Legislativa a partir de propostas do Executivo. O que posso dizer como um executivo da Cemig é que a empresa precisa crescer e precisa ter condições pra isso. O mercado vai abrir e como a gente consegue ser mais competitivo? Talvez esse seja um assunto a ser debatido nessa grande discussão entre os poderes referente à transformação da Cemig em uma corporação”, declarou.

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Passanezi participa do encerramento do segundo ciclo do Itatiaia Eloos, que tem como tema o setor energético. Com três painéis e palestras na programação, o evento é realizado na Arena MRV, Região Noroeste de Belo Horizonte.

Privatização da Cemig

A privatização da Cemig em modelo de corporation é uma pauta antiga do governador Romeu Zema (Novo). O Executivo já chegou a enviar à Assembleia uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para derrubar a exigência de um referendo popular para autorizar a venda da estatal, mas o texto foi modificado para viabilizar apenas a privatização da Copasa.

A privatização da Cemig ganhou novo fôlego com a criação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) como forma de quitar o débito de cerca de R$ 175 bilhões de Minas com a União.

O Propag prevê que estados refinanciem em 30 anos a dívida com a União e estabelece mecanismos para reduzir os juros cobrados sobre as parcelas. O projeto do Executivo Estadual é ingressar no programa abatendo 20% do estoque devido.

Para obter o valor necessário na amortização da dívida, o Executivo enviou projetos para federalizar ou privatizar estatais à Assembleia.

Hoje os juros são indexados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% ao ano. Se o estado conseguir amortizar 20% do estoque da dívida, dois pontos percentuais da cobrança adicional são abatidos.

Eloos Energia

O evento de encerramento do segundo ciclo Itatiaia Eloos é realizado nesta segunda-feira (24), na Arena MRV, no bairro Califórnia, região Noroeste de Belo Horizonte.

Painéis e palestras discutem temas do setor elétrico, das 12h às 16h.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, estará presente e dará abertura ao evento.

Os painéis contam com a participação de importantes nomes de empresas do setor. O primeiro terá como tema “Regulação e Futura dos Investimentos no Setor Elétrico"; o segundo abordará “Redes do Futuro: Inteligência Tecnológica na Transição Energética pós-COP 30"; e o terceiro discutirá “Energia, Sustentabilidade, Mobilidade”.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, dará uma palestra sobre o tema “Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico - Precedentes Judiciais”.

Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.
Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.
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