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Dólar segue em queda e bate R$ 5,29, o menor patamar dos últimos 15 meses

Mercado espera queda de juros nos Estados Unidos na quarta-feira (16); Ibovespa renova recorde

Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, deve cortar os juros em 0,25 ponto percentual

O dólar segue desvalorizando frente ao real, com uma queda de 0,42% e fechando o pregão desta terça-feira (16) em R$ 5,29, o menor patamar dos últimos 15 meses. O mercado tem precificado o iminente corte nos juros dos Estados Unidos, previsto para a reunião do Federal Reserve (FED), o banco central americano, nesta quarta-feira (17).

O Ibovespa, índice que reúne as principais empresas listadas na bolsa brasileira, renovou seu recorde com 144.061 pontos (0,36%). Ao longo do dia, o índice chegou a atingir uma máxima de 144.584 pontos, com as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reafirmando o compromisso do governo de alcançar déficit zero em 2025.

O cenário de otimismo no mercado converge para está “superquarta” (17), quando as reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom-BC) e do Federal Reserve. No Brasil, a expectativa é que a taxa de juros básica seja mantida a 15% ao ano, mas é possível alguma sinalização do Copom para um corte futuro com o controle da inflação.

Nos Estados Unidos, por outro lado, o corte de 0,25 ponto percentual na taxa já é dado como certo. Atualmente, a taxa está prevista entre 4,25% e 4,50%. Conforme a expectativa cresce, o dólar cai no Brasil e a bolsa sobe, uma vez que os investidores procuram aplicações que possam render mais dinheiro.

A moeda americana acumula uma queda de 1,98% nos últimos cinco dias. No dia 10 de setembro, por exemplo, o dólar abriu em R$ 5,43 e fechou em R$ 5,40, uma desvalorização de 0,57%. A maior queda ocorreu nessa segunda-feira (15), com a moeda atingindo R$ 5,31 (-0,71%).

O movimento ocorre em relação à taxa de juros alta no Brasil. Com a Selic em 15%, os investidores estrangeiros preferem tomar empréstimos em economias com taxas mais baixas, e guardar essa quantia em dólares no país, valorizando o real.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.