O queijo ficou, em média, 12,38% mais caro em Belo Horizonte em 2024. É o que aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (10).
Ícone mineiro, o produto teve variação bem acima da média nacional. Segundo o levantamento, o queijo teve inflação média de 3,74% no ano passado em todo o país.
A alta do queijo refletiu uma tendência da capital mineira. Belo Horizonte registrou a segunda maior inflação acumulada entre 16 capitais pesquisadas em 2024. Segundo o IPCA, os preços na cidade tiveram variação média de 5,96%. Trata-se de um valor 1,16 ponto porcentual acima do registrado em todo o país (4,83%).
BH ficou atrás apenas de São Luís (MA). A capital maranhense teve uma inflação acumulada de 6,51% em 2024. No “pódio” do IPCA, Goiânia (GO) ficou em terceiro lugar, com 5,56%.
Brasil
O IPCA fechou 2024 em 4,83%, acima do teto da meta e dos 4,62% registrados em 2023. A meta para a inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), era de 3% em 2024, com tolerância entre 1,5% e 4,5%. O objetivo havia sido descumprido pela última vez em 2022, quando o IPCA fechou em 5,79%.
Com o resultado acima do teto, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, terá que enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos do estouro.
De acordo com o IBGE, a inflação foi pressionada pelo grupo de Alimentação e Bebidas, que registrou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63 ponto percentual (p.p.) para o resultado do ano.