A cotação do dólar desacelerou na manhã desta sexta-feira (29) após atingir uma nova máxima de R$ 6,11. No início da tarde, a moeda americana operava abaixo dos R$ 6 em reação a declarações dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tentaram acalmar o mercado em meio aos debates sobre possíveis mudanças no Imposto de Renda.
Por volta das 12h45, o dólar registrava uma queda de 0,5%, negociado a R$ 5,98. Na quinta-feira, o dólar encerrou em R$ 5,99, consolidando o maior valor nominal da história.
Assim como a moeda americana, o Ibovespa inverteu o comportamento nesta sexta. No mesmo horário, o principal índice do mercado brasileiro subia 0,3%, no patamar de 125 mil pontos.
Mais cedo, em tentativa de acalmar o mercado, Pacheco e Lira garantiram que o Congresso vai se debruçar sobre o pacote de corte de gastos e deixar o projeto da isenção do Imposto de Renda mais para a frente, se houver controle das contas públicas.
Pacheco divulgou nota em que afirma ser preciso “afastar o medo da impopularidade que constantemente ronda a política” quando se trata da questão fiscal e defendeu o pacote do governo.
Lira afirmou que “inflação e dólar altos são mazelas que atingem de forma mais severa os mais pobres” e destacou que medidas que impliquem em renúncia fiscal serão discutidas pelo Congresso apenas em 2025.