O dólar renovou, pelo terceiro dia seguido, seu recorde histórico de cotação nominal: R$ 6,00. Nesta sexta, a moeda americana teve uma valorização frente ao real de 0,19%, ainda em reação ao pacote de corte de gastos e a intenção de revisão em critérios do Imposto de Renda propostos pelo governo federal.
O dólar acumula uma alta de 3,79% no mês e de 23,66%, no ano. Somente neste semana, a valorização foi de 3,21%.
Apesar do recorde, a cotação da moeda americana teve um movimento de desaceleração ao longo desta sexta. O dólar recuou após atingir uma nova máxima de R$ 6,11. O principal motivo foram as declarações declarações dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tentaram acalmar o mercado em meio aos debates sobre possíveis mudanças no IR.
Mais cedo, Pacheco e Lira garantiram que o Congresso vai se debruçar sobre o pacote de corte de gastos e deixar o projeto da isenção do Imposto de Renda mais para a frente, se houver controle das contas públicas.
Pacheco divulgou nota em que afirma ser preciso “afastar o medo da impopularidade que constantemente ronda a política” quando se trata da questão fiscal e defendeu o pacote do governo.
Lira afirmou que “inflação e dólar altos são mazelas que atingem de forma mais severa os mais pobres” e destacou que medidas que impliquem em renúncia fiscal serão discutidas pelo Congresso apenas em 2025.