No final de semana do Dia Mundial do Rock, comemorado neste domingo (13), a Esplanada do Mineirão foi palco da nostalgia e reencontros do rock nacional. A edição especial de cinco anos do Prime Rock Brasil tomou conta da capital mineira nesse sábado (12) com um público, ultrapassando gerações, fã das músicas dos anos 80 e 90.
Subiram ao palco artistas que marcaram a história do rock brasileiro, como Nando Reis, que abriu o festival, Humberto Gessinger, Paula Toller e Fernanda Abreu, além das bandas Barão Vermelho, Biquini e Capital Inicial, que emocionaram ao reviver as canções que permeiam na memória afetiva do público.
O festival reuniu uma verdadeira viagem no tempo por diferentes fases do rock e, além dos shows, o Prime Rock Brasil ofereceu experiências para o público, com opções gastronômicas, bares temáticos, palcos como o School of Rock e Camarote Secetto, e ativações de marcas, movimentando o entorno do Mineirão com um clima de reencontro e celebração da música nacional.
Em entrevista à Itatiaia a banda Biquini contou sobre o carinho por Minas Gerais e a força das novas gerações que seguem reverberando em torno dos clássicos. “Temos um caso de amor com essa cidade. Minas é o estado que mais viu shows do Biquini nessas décadas. Hoje, morando aqui, vivo ainda mais essa energia boa”, disse o vocalista Bruno Gouveia, emocionado com a recepção do público.
A banda surpreendeu ao levar ao palco crianças da nova geração, entre elas, a filha de Bruno e amigos do grupo Amadeus Kids, de Belo Horizonte. “Achei que ia ser forte as próprias crianças cantarem o refrão de Múmias. A gente percebe que a música se imortaliza quando ela é passada de geração em geração, isso é muito especial pra nós”, completaram.
O cantor e compositor Humberto Gessinger, que marcou gerações pela banda Engenheiros do Hawaii, levou ao palco do Prime Rock Brasil uma apresentação repleta de significado. Em entrevista à Itatiaia, o artista refletiu sobre a ligação de palco entre passado e presente na carreira. “Tenho muito orgulho da minha história, mas ainda mais de continuar com vontade de escrever o novo. Enquanto tiver música no coração, tem que correr atrás de colocar para fora. Não dá para deixar a sombra do passado cobrir o sol do dia de hoje”, afirmou.
Gessinger também fez questão de destacar a relação afetuosa à capital mineira, “talvez seja o estado que mais acompanha minha trajetória com fidelidade. No começo nem tocamos aqui, mas hoje posso dizer com certeza, Belo Horizonte é uma das minhas grandes paixões.”
O Prime Rock Brasil se consolida pelo encontro entre gerações e fortalece a paixão pelo gênero musical que moldou a história da música brasileira. Em pleno Dia Mundial do Rock, Belo Horizonte se firma ao apresentar que o rock segue vivo, reunindo passado, presente e muito vigor pela música.