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Morre Célio Balona, multi-instrumentista e mestre do acordeão, aos 86 anos

O mineiro era pianista, tecladista, acordeonista, vibrafonista e compositor; causa da morte ainda não foi divulgada

Célio Balona morreu aos 86 anos

Morreu na manhã desta quinta-feira (4) o pianista, tecladista, acordeonista, vibrafonista e compositor Célio Balona, de 86 anos. Referência em Minas Gerais, o músico foi o terceiro a gravar ‘Garota de Ipanema’ e acompanhou Jair Rodrigues, Dorival Caymmi, Cauby Peixoto e Elizeth Cardoso.

A informação sobre a morte do músico foi confirmada pela jornalista e amiga próxima Malluh Praxedes. Em uma postagem emocionada, ela relembrou as “gargalhadas constantes, aquelas histórias todas, sua vida, sua arte, sua música e aquele acordeon incomparável!”.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre a causa da morte, nem detalhes sobre velório e sepultamento.

História

Natural de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata, o acordeonista, compositor e multi-instrumentista Célio Balona Passos nasceu em 17 de dezembro de 1938. Ele era filho de Lourival Passos, representante comercial que teve seis músicas gravadas por Luiz Gonzaga, e de Maria Balona Passos, costureira.

Balona iniciou sua carreira musical profissionalmente aos 16 anos. Na década de 1960, ele formou seu primeiro grupo com os renomados músicos Nivaldo Ornelas e Wagner Tiso. Ao longo de sua trajetória, Balona gravou discos de variados estilos musicais, como jazz e bossa nova, e participou de festivais tanto no Brasil quanto no exterior.

Após passar 10 anos em Florianópolis, onde se dedicou a compor trilhas sonoras para cinema, televisão e dança, Balona retornou a Belo Horizonte. Na capital mineira, ele continuou a gravar álbuns e a fazer shows, além de trabalhar como músico de estúdio para vários artistas brasileiros.

Sua extensa discografia inclui títulos como “Música 18 kilates” (1962), “Balona espetacular” (1966), “Balona bem bolado” (1967), “Um homem uma mulher” (1970), “Balona é o sucesso” (1974), “Garota de Ipanema” (1976), “Imagens” (1982), “Batuquerê” (1992), “Cantigas de roda para ouvir e sonhar” (2002), “Trilhas” (2005) e “Coletânea” (2006). Ele também assinou a trilha sonora de filmes como “Madre Paulina” (1991) e “Alumbramentos” (2002).

Giovanna Damião é jornalista da televisão, digital e do rádio. Desde 2020 como social media e redatora na televisão e, mais recentemente, atuando como apresentadora e repórter da editoria de cultura. Com versatilidade no jornalismo, caminha pela música, eventos, esportes e entretenimento.