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‘Ainda Estou Aqui’ conquista prêmio histórico um ano após lançamento

Filme de Walter Salles, “Ainda Estou Aqui” continua colecionando prêmios

Brazilian director Walter Salles and Brazilian actress Fernanda Torres attend the 97th Annual Academy Awards at the Dolby Theatre in Hollywood, California on March 2, 2025. (Photo by Robyn Beck / AFP)

Ainda Estou Aqui continua colecionando grandes feitos, mesmo um ano após seu lançamento. O longa recebeu o prêmio de Melhor Filme do Ano pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), também conhecido como Fipresci Grand Prix.

Trata-se do primeiro filme brasileiro da história a receber o prestigiado prêmio da crítica internacional.

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De acordo com a organização, o prêmio será entregue a Walter Salles, diretor do filme, durante a abertura da 73ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, na Espanha. A cerimônia acontece no dia 19 de setembro.

O longa competia com os seguintes filmes:

  • O Brutalista (Brady Corbet);
  • Sirat (Oliver Laxe);
  • O Agente Secreto (Kléber Mendonça Filho);
  • Sinners (Ryan Coogler).

A Fipresci

Ao todo, 739 críticos de 75 diferentes países votaram nesta edição do prêmio, que considerou obras lançadas desde 1 de julho de 2024. A Fipresci é a mais antiga associação de críticos profissionais de cinema e jornalismo cinematográfico e celebra este ano o seu centenário.

Desde a criação, em 1999, o prêmio Fipresci Grand Prix foi entregue a filmes de cineastas de peso, como Maren Ade, Pedro Almodóvar, Paul Thomas Anderson, Jean-Luc Godard, Yorgos Lanthimos, George Miller e Chloé Zhao.

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Ainda Estou Aqui

Ainda Estou Aqui estreou em 2024 no Festival de Veneza, onde recebeu o prêmio de Melhor Roteiro, o primeiro de uma longa lista de distinções que inclui o Oscar de Melhor Filme Internacional, onde também foi indicado a Melhor Filme e Melhor Atriz (Fernanda Torres), e o Goya de Melhor Filme Ibero-Americano.

No Oscar de 2025, o filme brasileiro superou A Garota da Agulha, Emilia Pérez, A Semente do Fruto Sagrado e Flow. Já na principal categoria da premiação, Anora foi consagrado com a estatueta dourada.

O longa é baseado no best-seller homônimo de Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015. A obra conta a história de Eunice Paiva, mãe do escritor, que se torna ativista política após seu marido Rubens Paiva ser capturado e morto durante a Ditadura Militar no Brasil, em 1971.

Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia