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Exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra” entra em cartaz no Espaço do Conhecimento UFMG com entrada gratuita

A mostra revela os avanços iniciais do projeto Hãmhi Terra Viva que combina conhecimentos tradicionais e princípios da agroecologia para a restauração ambiental e a produção de alimentos

Fotografia presente na exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra”

O Espaço do Conhecimento UFMG inaugura, nesta terça-feira (15), a exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra”. A mostra, anteriormente em cartaz no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), revela os avanços iniciais do projeto Hãmhi Terra Viva, que conecta a sabedoria ancestral Tikmũ’ũn-Maxakali com as práticas da agroecologia.

Iniciado em junho de 2023, o projeto Hãmhi Terra Viva foca na formação de 30 agentes agroflorestais e 16 viveiristas Tikmũ’ũn-Maxakali. Ele combina conhecimentos tradicionais e princípios da agroecologia para a restauração ambiental e a produção de alimentos, buscando oferecer perspectivas para a juventude Tikmũ’ũn-Maxakali e rural. Além disso, o projeto gera renda e engaja os participantes no desafio crucial deste século: a mitigação da crise climática.

As ações realizadas no projeto são apresentadas na exposição através de fotografias, cantos tradicionais dos espíritos yãmĩyxop e textos explicativos. Juntos, esses elementos promovem uma imersão profunda neste processo de reconexão com a terra, a Mata Atlântica e a vida comunitária.

A exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra” é, portanto, um convite à reflexão sobre a necessidade de restauração de uma terra fragilizada por mais de dois séculos de devastação, que quase levaram ao desaparecimento dos territórios pertencentes aos povos indígenas.

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Mas, por que alegrar a terra? Na cultura Tikmũ’ũn-Maxakali, quando alguém se recupera de uma enfermidade, diz-se que “se alegrou”, ou seja, revitalizou-se. Assim, o termo ‘alegrar’ presente no título da mostra faz referência ao projeto Hãmhi Terra Viva, que já recuperou 156 hectares de áreas degradadas e estabeleceu 60 hectares de quintais agroflorestais.

O Hãmhi Terra Viva é uma realização do Instituto Opaoká, com apoio do Núcleo Semente e viabilização do MPMG. Conta também com a colaboração do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, do Patrimônio Cultural e da Habitação e Urbanismo (CAOMA) e do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Apoio Comunitário, Inclusão e Mobilização Sociais (CAO-Cimos).

Serviço

  • Exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra”
  • Datas: 15 de julho (terça-feira) a 10 de agosto de 2025 (domingo)
  • Horário: Terça a domingo, das 10h às 17h | Sábados, das 10h às 21h
  • Público: Aberto para crianças, jovens, adultos e idosos – Entrada livre e gratuita
  • Local: Hall do 5º andar do Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade, 700 - Funcionários
Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa jornalismo no UniBH e é estagiária do Digital na Itatiaia. É apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema e mãe do Joaquim