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Teatro Mágico traz a BH turnê que celebra duas décadas de estrada

Em entrevista à Itatiaia, Fernando Anitelli comenta mistura original de música, poesia e performance

Teatro Mágico é um grupo musical brasileiro formado em 2003 em Osasco (SP); projeto reúne elementos do circo, do teatro, da poesia, da música e literatura

O Teatro Mágino, grupo que se tornou referência por mesclar música, poesia, teatro, circo, e literatura no palco, chega a Belo Horizonte neste sábado (12) para celebrar duas décadas de estrada.

Em entrevista à Itatiaia, o músico, ator e compositor Fernando Anitelli, criador do projeto em 2003, em Osasco (SP), destaca a parceria com dezenas de músicos neste período.

Com mais de 78 milhões de visualizações no YouTube, 1,1 milhão de seguidores no Facebook, 300 mil no Instagram e 3,5 milhões de ouvintes no Spotify, o grupo Teatro Mágico mantém sua força tanto nas plataformas digitais quanto nos palcos. A atual turnê, chamada O Reencontro, que celebra os 20 anos de história da trupe, chega a Belo Horizonte neste sábado (12) com show no Bly Hall. Eles sobem ao palco com a banda Móveis Coloniais de Acaju.

Confira a entrevista

Itatiaia: Você que anda esse Brasil afora fazendo música, como é viver de arte?

Eu sou uma pessoa afortunada de poder trabalhar com arte, eu amo o meu ofício. O que cansa é tudo o que envolve o que não é arte.

Itatiaia: Você sempre teve uma visão muito consciente do negócio da música, diferente de muitos artistas que não entendem o que esta acontecendo com o próprio negócio. Anos atrás, você já pensava em formas de distribuir sua música e chegou até a fazer o que o Spotify faz hoje. De onde veio essa visão?

Eu nunca fiz nada sozinho. Tudo que aconteceu com o Teatro Mágico, eu tenho a sorte de ter minha família me apoiando em absolutamente tudo, nas ideias, na criação. E o meu irmão, Gustavo Anitelli, é o nosso cérebro orgânico e sempre me acompanhou. E ele mesmo falou assim: “Fernando, a gente não pode vender CD a R$ 10. Tem que ser R$ 5.’’ Até que ele falou: “A música tem que ser de graça, o CD não é para ser vendido, o CD é um cartão de visita. As pessoas precisam conhecer a música para se interessar pela jornada da troupe. Deixa as pessoas conhecerem, o público ia no show, ficava ali na grade, curtia, passava na barraquinha, tava meu pai vendendo um CD. Quanto custa? R$ 5.

Você ainda está sem a maquiagem. Quanto tempo demora para fazer?

Quando a gente tá afobado, você dá três tapas de talco na cara, joga um batom e entra, mas uma hora é um tempo legal.

O Teatro Mágico traz a BH a trupe completa no show O Reencontro?

É um projeto muito difícil de se executar porque é muita gente. Já passaram mais de 50 artistas pelo Teatro Mágico. A gente chamou mais de 20 para estar no nosso elenco, e o Móveis Coloniais tem mais 10 artistas, então são 30 pessoas só de elenco no palco
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Fabiano Frade é jornalista na Itatiaia. Cobre as pautas de cidades e geral, com dedicação especial à Central de Trânsito. Antes da rádio de Minas, passou pela Rádio Band News FM e também pela BTN, onde cobriu o trânsito para várias rádios de BH e Brasília.