Existem queimadas criminosas? Claro que sim!
Só que nesse período do ano, o clima fica extremamente seco e qualquer movimento com temperatura mais elevada, vem o fogo e devasta tudo o que se passa pela frente.
Mas nos últimos anos temos ouvido tanta estória a respeito do assunto, como se a solução fosse aplicada em um toque de magica.
Enfim, o fogo chegou! Vamos apagá-lo, gente? E tenhamos cuidado porque a somatória de hectares em chamas é bem maior do que a do ano passado.
Abaixo estão os dados apresentados pelos órgãos Monitor do Fogo, MapBiomas em trabalho conjunto com o IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia:
De Janeiro a Abril registrou-se aumento de 65% de áreas queimadas em relação ao mesmo quadrimestre do ano passado. 1,3 milhão hectares levados pelas chamas, número que seria considerado extremamente absurdo se estivéssemos em maio de 2022. Os mais criteriosos diriam que se queimaram mais de um milhão e meio de campos de futebol.
E todos teriam razão! Só não podemos mascarar a realidade nessas queimadas, que muitas vezes têm a mão de criminosos, ficando o percentual maior creditado aos problemas climáticos como a saída temporária o fenômeno La Niña, que se forma nas correntes marítimas do Pacífico na costa peruana.
Roraima foi o foco das queimadas com um milhão de hectares atingidos, seguido por Mato Grosso com 113 mil, e o Pará com 81 mil hectares.
Na Região do cerrado, Mato Grosso, onde há largas plantações de soja, milho e criação de gado de corte, a área queimada foi de 86 mil hectares sendo 7% desse total em pastagens agropecuárias. O cerrado tem menos fogo porque nessa estação do ano apresenta um clima com bem mais umidade.
E é exatamente nessa época que se realizam as queimas autorizadas por órgãos ambientais para treinamento dos bombeiros e voluntários no combate ao fogo e a proteção aos animais.
Importante dizer que as queimadas que acontecem de forma natural fazem parte do ciclo ambiental e a “mãe natureza” se encarrega rapidamente da recuperação.
Muitos focos de incêndio surgem pela falta de informação ou até mesmo pela falta de educação das pessoas. Nesse período do ano, é comum o mato pegando fogo à beira das estradas e as explicações são absolutamente lógicas.
As faíscas que saem dos canos de descarga dos automóveis, principalmente caminhões. Tocos de cigarros acesos jogados pelas janelas dos carros, o que é falta de educação porque todos sabem que há risco de incêndios.
Um pedaço de metal, garrafas ou cacos de vidros são um perigo à vista para a vegetação rasteira durante o tempo da seca. O reflexo do sol sobre os objetos provoca calor e vem o fogo!
Em todos os segmentos existem pessoas irresponsáveis e inescrupulosas. Por isso, não podemos jogar nas costas da agropecuária todo e qualquer desastre climático. Melhor apontar o dedo em direção a quem realmente erra e cobrar punição pesada para o criminoso, já que nosso Código Florestal é muito rigoroso quando é cumprido.
Fazendo um comparativo podemos usar como exemplo os médicos obstetras e ginecologistas, que rasgam seus diplomas e exploram sexualmente as mulheres, às vezes anestesiadas. Seria justo pegar toda a classe médica e colocá-la numa vala comum? Ou seria justo eliminar aqueles que cometem essas barbaridades?
O futebol, que hoje paga por um pequeno número de jogadores desonestos e o agronegócio, que representa quase 30% do PIB brasileiro, merecem respeito pelo que proporcionam à população de um modo geral. Basta raciocinar sobre o que gira nessas duas empresas e quantos país de família trabalham e vivem honestamente delas.
Pelo menos três vezes por dia você entra em contato direto com a agropecuária pelo prazer e saúde que te proporcionam suas refeições.
O que você usa que não vem do campo? Roupas, sapatos, perfumes, boa parte dos componentes do seu carro, produtos de beleza...
É quase tudo!
Então, vamos agradecer ao agro sustentável e correto!