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Mineiro desconfiado só come carne mineira! Medo da vaca louca?

Com a doença, consumidores estão procurando saber a origem das carnes que consomem

Geraldo Antonio Santos, da Sion Carnes

O mineiro não perde nunca seu estilo de desconfiado! Ele quer saber se a carne é de Minas ou se veio de outro estado.

Mineiro não põe a mão em cumbuca por não saber o que vai encontrar lá dentro! Pode até encontrar uma nota de 100 reais, mas pode se ser também um escorpião, marimbondo!

Obedecendo à cultura mineira, muitos consumidores de Belo Horizonte estão querendo saber de qual região vem a carne que eles vão consumir. Como o comércio da carne é nacional, ninguém se preocupava com a origem, até então, somente com a qualidade.

Agora, mudou! Medo da vaca louca!

Alguns consumidores têm ido aos açougues e casas de carnes perguntando pela origem da proteína bovina. E são taxativos ao dizer que se a carne não tiver procedência mineira, preferem não comprar.

Por isso, os açougues começam a adotar um processo de informação mais direta e diferente.

O rastreamento da carne é informado ao consumidor indicando região, fazenda, produtor, raça e idade do animal que foi abatido.

O volume de informações sobre o mal da vaca louca acaba deixando confuso o consumidor da carne bovina, que quer saber saber a origem da proteína que será consumida.

E notícia ruim sempre vai sendo multiplicada em larga escala, muitos acreditam por não conheceram o que realmente se passa. Outros preferem não se arriscar no consumo do alimento.

Somente o resultado do exame laboratorial, que está sendo feito no Canadá, poderá ir apagando as ondas que foram feitas feitas até agora. A doença existe? Sim?

Só que o verdadeiro mal da vaca louca parece estar bem longe do nosso país. Vamos aguardar o resulta final!

GRIPE AVIÁRIA

Ainda somos um país sem conhecer o vírus de alta patogenicidade da gripe aviária, que ronda principalmente nossas bem guardadas fronteiras no Sul e Sudoeste brasileiro.

A Argentina já registrou inúmeros casos e já tem bloqueada sua exportação de carne de frango. O consumo interno continua, porque segundo órgãos sanitários a doença não é transmitida pela carne ou pelo ovo.

Aí fica a pergunta? Será que a maioria dos argentinos vai continuar comendo frango e ovo normalmente e esperar a extinção da doença no país?

Assim que passar o período alarmante da gripe aviária vamos conferir o balanço do consumo de ovos e carne de frangos na terra de nossos hermanos.

Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.