O agronegócio brasileiro caminha a passos largos para ser o líder mundial na produção dos mais importantes e necessários alimentos para a população brasileira e mundial. Precisamos caminhar juntos nessa rota da vitória, sem rancor e sem perseguição inconsequentes sobre aqueles que nos trazem o café da manhã, almoço e jantar como sempre diz o presidente Lula.
Se todas essas refeições não chegam as mesas de todos os brasileiros, é insano dizer que a culpa é unicamente dos produtores. A culpa nada mais é dos vários comandos da nação que deixaram a sociedade crescer de uma forma deseducada, descoordenada e se polarizando econômica e financeiramente sobre uma parte da população, que em sua maioria, trabalhou dignamente para alcançar seus objetivos.
Às vezes fico pensando como será o comportamento de tanta gente que procurou por todas as vias massacrar a imagem do agro brasileira aqui e lá fora, principalmente! Evidente que muitas organizações trabalhavam em função do interesse de grupos internacionais, que buscam a ferro e fogo alcançar medidas protetivas para seus países e continentes no segmento do agro.
O avanço brasileiro nas últimas décadas é algo impressionante, e, assustador para quem vê a concorrência tomando boa fatia do mercado. Por isso, alguns países tentam implantar barreiras protetivas, algumas transpondo até as normas da OMC - Organização Mundial do Comércio.
O Brasil inegavelmente venceu com o agronegócio os momentos e as sequelas herdadas pela pandemia e já vai se desviando, pelo menos por enquanto, dos tiros que vão saindo da Rússia e da Ucrânia. Todos os brasileiros, em sã consciência, sabem que o agronegócio manteve o país de pé, apesar do alto número de mortes, perda de empregos, falta de alimentos para muitos. Esses desastres não podem ser debitados ao agro. Sem ele poderíamos ter uma verdadeira catástrofe!
As proteínas animais foram as que mais sofreram com a crise mundial. A carne bovina abandonou muitas mesas dos brasileiros, enquanto o pecuarista ainda calcula os prejuízos com a engorda do boi e o preço de venda encontrado no mercado.
A população buscou consumir a proteína animal por meio das carnes de frango, porco e em última instância o ovo cobriu a falta de ambos. Leite para crianças necessitadas, nem pensar! Quem podia pagar 8 reais por um litro que mal da para um dia de consumo? Lembrei-me da época em que os mais pobres colocavam água no leite para render. Era o momento em que a mãe, de forma consciente e sem alternativa, enganava o seu filho ou sua filha. Triste, né!
Explicar porque as carnes, o leite e os demais alimentos são vendidos a preços inalcançáveis para boa parte dos brasileiros, parece simples. Em curtas palavras o problema está no custo de produção que ocasiona um preço alto na ponta final, que é o consumidor. Está é a questão para o governo brasileiro resolver e não se resolve de uma dia para o outro. Torna-se necessário um programa consciente e sadio para não derrubar toda a cadeia que tem um motivo lógico para estar assim! Terão que ser medidas técnicas e não políticas!
Somos os maiores exportadores de carne bovina, soja, milho, açúcar, café, suco de laranja e estamos avançando em outros produtos agropecuários. O trigo e algodão, que o digam! É sempre bom lembrar que o trigo plantado em cerrado, onde impera o calor, é uma exclusividade da semente brasileira produzida pela Embrapa. E o nosso volume de produção está crescendo muito.
Em 2022 o Brasil virou o maior exportador de carne de frango do mundo, também o maior vendedor de frango Halal para os países árabes. E a carne suína ganhou novos mercados como o canadense. A China é nosso maior comprador.
O Presidente Lula, através de seu Ministério da Agricultura, precisa ouvir os grandes e pequenos produtores brasileiros e não ficar dando ouvidos a turma alérgica a poeira e que nunca se sujou de barro e dita as normas de sustentabilidade do maior negócio brasileiro. E os outros segmentos, indústria de produção, são sustentáveis? É preciso muito equilíbrio nessa questão de sustentabilidade, porque haverá muita pirataria no mercado, muita gente vendendo e não entregando a mercadoria.
Espera-se que o desenrolar das coisas e a desburocratização possam caminhar juntas, porque teremos mais ministérios ligados a agropecuária. Além do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - teremos o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, permanecendo também o Ministério do Meio Ambiente e Mudança de Clima.