Na minha carreira na crônica esportiva só tenho motivos para agradecer, especialmente a Deus e às pessoas que acreditaram em mim. Não vou enumerá-las porque corro o risco de esquecer algum nome e cometer injustiças.
Mas confesso que tenho uma frustração, por nunca ter sido agraciado com a honra e a oportunidade de conhecer o Rei do Futebol.
Exceto por filmes ou por histórias contadas pelo meu pai, não vi Pelé jogar.
Quando nasci, ele já era tricampeão mundial de futebol com a Seleção Brasileira, havia marcado mil gols e reverenciado em todo mundo. E no momento em que comecei a entender de futebol, ele já havia parado de atuar.
Poderia enaltecer as conquistas e as façanhas do menino que nasceu em Três Corações e ficou famoso com a camisa do Santos. Essa missão deixo para o mundo do futebol.
Colegas mais antigos de profissão sempre falaram com reverencia e admiração sobre ele e seus feitos.
Tive uma experiencia internacional envolvendo o Rei do Futebol, onde comprovei uma pequena amostra da magia que seu nome ainda exerce.
Era o ano de 2009 e estava na Cidade do Cabo, na África do Sul, para o sorteio da Copa do Mundo que aconteceu no ano seguinte naquele país. Certo dia, ao tomar um taxi na cidade, o motorista perguntou de onde era e ao responder Brasil, a primeira palavra que pronunciou foi “Great Pelé” ou Grande, Magnífico Pelé.
A partir dai, a conversa fluiu sobre futebol e sobre o homem que em 1969 parou uma guerra no continente africano.
Nos murais internos na área das cabines do estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro, existem azulejos pintados com situações envolvendo Pelé e um deles sempre me chamou a atenção, nas vezes em que lá estive trabalhando em partidas pelas mais diversas competições. É uma reprodução de uma declaração de algum torcedor sul-americano que diz assim: “No voy a trabajar hoy. Voy a ver jugar a Pelé”.
Pequenas amostras do tamanho e da representatividade do primeiro e único, maior de todos.
Como diz o título do seu filme: Pelé é eterno.