O que vamos fazer?

Motorista foi preso e encaminhado para a Delegacia de Plantão de Sete Lagoas

Acidente ocorreu na MG-424

A morte de um bebê na estrada de Pedro Leopoldo reacende a fogueira da insanidade que nos atormenta: por que não conseguimos convencer motoristas a não beberem e bêbados a não dirigirem?

O pior é que o os acidentes mais graves quase sempre revelam agravantes. Ou o carro está totalmente irregular, a velocidade muito acima da média e, como no caso da MG 424, o condutor inabilitado. Então, vale repetir: um cidadão não fez o curso, não estudou, não treinou, não se preparou para dirigir, portanto, desconhece os perigos do carro – que é uma máquina – e sai por aí, cheio de cachaça na cabeça, até atravessar a pista, acertar automóvel de uma família e matar um bebezinho de um mês.

Inacreditável e inaceitável.

Indignado, o psiquiatra Aloisio Andrade fez uma pesquisa e encontrou os seguintes números: de janeiro a julho desse ano, foram registrados, em Minas, 2.832 acidentes, resultando em média de 472 por mês e 17 por dia. Desses quase 3 mil acidentes de bêbados ao volante, 1.354 tiveram vítimas, mortos ou feridos.

Se a educação não funciona, resta a lei. Passou da hora de encerrarmos a discussão sobre a natureza dessas ocorrências: nada de crime culposo – quando não há intenção de matar – nada de atenuantes. É assassinato, grave, e o responsável (ou irresponsável) deve ir a Tribunal do Juri, apresentar a defesa, se explicar, mas, ao final, receber a sentença que pode inibir outros sem noção de colocarem famílias alheias em risco.

Será pedir muito?

Antes de trabalhar no rádio, Eduardo Costa foi ascensorista e office-boy de hotel, contínuo, escriturário, caixa-executivo e procurador de banco. Formado em Jornalismo pelo UNI-BH, é pós-graduado em Valores Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, possui o MBA Executivo na Ohio University, e é mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Agora ele também está na grande rede!

Ouvindo...