O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura da Assembleia Geral da ONU marca uma pausa na agenda internacional do petista. Lula permanece nos Estados Unidos até esta quarta-feira (20), tendo
Conforme a Itatiaia adiantou, após a cirurgia marcada para o dia 29 de setembro, para tratar uma artrose no quadril, Lula fará uma
Após a cirurgia, Lula volta a viajar para o exterior somente no dia 28 de novembro quando participará da COP 28, em Dubai, e segue dos Emirados Árabes direto para Berlim. As próximas viagens estão previstas apenas para o ano que vem. Segundo fontes do Itamaraty, Lula viajará bem menos em 2024 porque cumpriu neste ano a missão de recolocar o Brasil no mapa geopolítico internacional, uma das promessas de campanha.
23 países
Ao todo, o petista visitou 23 países e, em nove meses de governo, passou dois meses fora do Brasil. Dentre as viagens internacionais, Lula foi aos encontros do G7, G77, G20, Mercosul, CELAC, BRICS e na Assembleia Geral da ONU. Até o final do ano, o brasileiro vai acumular a presidência de dois blocos econômicos: o Mercosul e o G20, o que é tido como estratégico para o Brasil.
No discurso mais recente, em Nova York, Lula fez questão de marcar o cumprimento dessa agenda internacional e disse o seguinte: “O Brasil está de volta”. Conforme a Itatiaia havia adiantado, durante a fala oficial de abertura da Assembleia Geral da ONU, o petista ressaltou a união entre os países do Sul Global (antigo terceiro mundo); cobrou responsabilidade dos países desenvolvidos; defendeu a reforma da governança global e a necessidade dos países em desenvolvimento terem maior participação em organismos como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI); falou sobre transição energética; sobre a necessidade de paz mundial e de combate à fome, que é uma marca dos discursos do presidente.
“Chave de Ouro”
O petista fecha a agenda, nesta quarta (20), com dois compromissos importantes: um encontro bilateral com o presidente americano Joe Biden, no qual devem selar um compromisso de combate ao trabalho escravo; e a agenda com Volodymyr Zelensky para tratar da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Avançando nessa última pauta, na avaliação da equipe internacional de Lula, o presidente brasileiro terá fechado a viagem com “chave de ouro”.
A maratona de missões internacionais que é vista por opositores do petista com um abuso, como excesso de gastos e como alvo de críticas, para a equipe do governo responsável por política internacional é avaliada como um sucesso e como uma recolocação do Brasil em uma posição de protagonismo global.