A medida do governo norte-americano que elevou de 10% para 50% as tarifas de importação entrou em vigor no dia 6 de agosto e já trouxe impactos para Minas Gerais. No mês, o Estado registrou déficit de US$ 21,4 milhões no comércio bilateral com os EUA, algo que não ocorria desde 2018. As exportações mineiras caíram 50,5%, puxadas por café e ferro-gusa, enquanto as importações cresceram 15,4%. Apenas os embarques de equipamentos elétricos escaparam da queda, com salto de 316% por antecipação de remessas. A Fiemg alerta que os efeitos devem se intensificar nos próximos meses e o futuro da balança ainda é incerto.
Minas Gerais sobe no ranking e já é o 3º maior VBP agrícola do País
O agronegócio mineiro alcançou R$ 86,6 bilhões em Valor Bruto da Produção (VBP) em 2024, alta de 6,9% sobre 2023, enquanto o Brasil registrou queda de 3,9%. Com isso, Minas passou a responder por 11,1% do VBP nacional e assumiu o 3º lugar no ranking, atrás apenas de Mato Grosso e São Paulo. O café puxou os resultados, somando R$ 35,1 bilhões, mesmo com queda na produção. Cana-de-açúcar e batata-inglesa também cresceram, com destaque para o recorde da cana e a valorização de 80% da batata. A diversificação garante ao Estado liderança em café, batata e alho, além da vice-liderança em cana, banana, feijão e laranja.
Frio prolongado aquece indústria têxtil em Minas e vendas devem crescer 10%
O inverno mais frio dos últimos anos deu fôlego à indústria têxtil em Minas Gerais, que projeta alta de 10% nas vendas no último trimestre. O setor reduziu estoques, oxigenou o capital de giro e já prepara a coleção de inverno de 2026. Apesar do otimismo, a falta de mão de obra qualificada limita novas contratações. Outro desafio é a concorrência com produtos asiáticos, que pressionam a cadeia produtiva nacional. Para se proteger, o segmento reivindica a retomada da política antidumping sobre o fio de poliéster.