Os amantes do churrasco podem ir se preparando porque os preços da carne bovina vão seguir em alta ano que vem.
O preço do boi continua subindo, as exportações vão bater novo recorde histórico, enquanto o mercado varejista trabalha para sustentar valores menos agressivos para não afastar o consumidor.
Porque a carne bovina não deve baixar os preços? Já comentamos aqui no Jornal da Itatiaia que está começando um novo ciclo do boi. O abate de muitas vacas e novilhas nos últimos 2 anos, logicamente, impediu o nascimento de milhares de bezerros.
Então os frigoríficos vão continuar trabalhando com escalas de abate apertada para atenderem a exportação no mercado interno.
Os Estados Unidos também convivem com rebanho reduzido a mais de um ano, inclusive aumentou suas compras do Brasil.
Os americanos compram em grande volume as carnes brasileiras de segunda linha, que são processadas na composição do hambúrguer.
A carne suína, que deu um salto no início de setembro, pode ser reajustada em curto prazo porque o milho está subindo. A soja, outro componente da ração animal, sobe um pouco mais devagar. Haverá também influencia no preço do frango.
O milho sobe porque a safra desse ano foi menor, mas a partir de abril de 25 vai derramar milho no mercado e os preços que hoje alcançam 73 reais em Campinas, 66 em Minas e vão subir mais, podem descer para 64 reais ou menos.
Tem alta produção na Ucrânia, Argentina e Estados Unidos que vão reassumir a liderança mundial na exportação do milho voltando o Brasil ao segundo lugar.
Ouça a coluna de Valdir Barbosa: