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‘Golpe do game’: polícia prende acusados de furtar R$ 5 milhões

Eles infectavam celulares de vítimas com jogos comprometidos por malwares bancários

Cibercriminosos buscam vítimas a partir de phishing

Acusados de desviar mais de R$ 5 milhões desde o fim do ano passado, quatro suspeitos de aplicar o “golpe do game” foram presos na quinta-feira (25) pela Polícia Civil de São Paulo. Os criminosos infectavam celulares de vítimas com jogos comprometidos por malwares bancários.

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De acordo com os policiais, em um único fim de semana, uma instituição financeira teria bloqueado golpes no valor de R$ 2 milhões. Os golpistas furtavam dados bancários e tentavam fazer transferências por Pix para contas comandadas por eles meses.

O vírus chegava às vítimas a partir de phishing. Além de solicitar poucas permissões, o malware permanecia dormente em smartphones Android. Informações da newsletter InCyber indicam que se trata supostamente do Fantasy RAT, conhecido no segmento bancário.

A solução maliciosa era comercializada em um canal do Telegram por até R$ 5 mil por semana. Conhecido anteriormente como GoatRAT, ela tinha comportamento de spyware, mas novos recursos permitiriam a manipulação de apps bancários.

Os detidos são acusados de crimes como associação criminosa e furto qualificado. Dois deles foram pegos em São Paulo (SP), um em Americana (SP) e o líder da quadrilha em Campinas (SP) — esse foi liberado depois de pagar multa de 10 salários-mínimos. A polícia encontrou carros de luxo, com valores de até R$ 500 mil, com os cibercriminosos.

Como se proteger

Para manter-se protegido, é recomendável só fazer download de aplicativos em lojas oficiais. Ignore mensagens e e-mails que ofereçam software ou vantagens, bem como observe a reputação de desenvolvedores e comentários que possam indicar perigo.

Outra medida importante é prestar atenção a extratos bancários e faturas de cartão de crédito para observar se há movimentações estranhas. Comportamentos irregulares do smartphone, como lentidão ou consumo excessivo de bateria e dados móveis, também devem ser motivo de alerta.