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Realidade virtual vai ser usada para tratar dor nas costas

Empresa americana está desenvolvendo tratamento alternativo para aliviar sintomas

Realidade virtual vai ser usada para tratar dor na lombar

Um estudo conduzido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 2020 revela que a quantidade de relatos de dores na coluna já atinge 41% dos entrevistados. No início da pandemia de covid-19 no Brasil, as buscas por “dor nas costas” aumentaram: segundo o Google Trends, entre 26 de abril e 2 de maio de 2020, houve 100% de aumento nas pesquisas.

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Agora, médicos do sistema integrado para veteranos do exército americano (Veterans Health Administration – VHA) já testam uma alternativa com realidade virtual para tratar dor crônica na região lombar. Autorizada pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA, a terapia, chamada de RelieVRx, terá duração de oito semanas.

A empresa AppliedVR, que tem sede em Los Angeles, já desenvolve o sistema há mais de dois anos. No início, apenas profissionais de saúde de 18 instalações do Departamento de Assuntos de Veteranos (Veterans Affairs – VA) dos EUA poderão recomendar a opção. “O VA foi um dos primeiros a adotar a medicina imersiva”, explica Matthew Stoudt, CEO da AppliedVR, em entrevista à Fast Company Brasil.

Atualmente, dores crônicas são tratadas com medicamentos e cirurgias. Os remédios usados geralmente são os opióides e o vício nessa droga é comum entre os veteranos de guerra dos EUA. Um estudo do Journal of American Medical Association (Jama) aponta que os custos de tratamentos para dores na lombar e no pescoço atingiram US$ 134 bilhões entre 1996 e 2016, o que faz dessa a categoria de saúde de maior custo nos EUA.

A realidade virtual pode tratar aspectos mentais e emocionais e o RelieVRx combina técnicas de controle de dor com imagens e sons imersivos. O paciente recebe um headset de realidade virtual para o programa de oito semanas. Quando concluir as sessões, ele devolve o equipamento ao VA, que reembolsa a AppliedVR pelos gastos.