Há 10 anos, a pedagoga Maria Verônica Santos simulou uma gravidez de quadrigêmeas e mobilizou todo o país. Ela ficou conhecida como “grávida de Taubaté”, já que era moradora dessa cidade no interior de São Paulo, e chegou a receber doações de todas as regiões do Brasil. Depois de ser entrevistada por inúmeros veículos de imprensa, a farsa foi descoberta.
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Corta para 2022. Funcionários da alfândega do porto de Gongbei, na China, pararam Zhao, que parecia ser gestante, ao estranhar o modo como ela andava: ela parecia não sentir o peso da barriga, que já deveria estar bem incômodo considerando seu tamanho. Moradora de Zhuhai, em Guangdong, ela foi para Macau e, ao voltar, desembarcou no porto de Gongbei.
Zhao afirmou que tinha entre 5 e 6 meses de gestação, mas sua barriga era muito maior do que o tamanho compatível com essa idade gestacional. A equipe do porto, então, descobriu que ela usava uma prótese de silicone no abdômen.
A maior surpresa veio em seguida: ao retirar a barriga falsa, ela deu à luz 202 processadores e nove celulares (que estavam amarrados a seu corpo com fita adesiva). As marcas dos produtos não foram reveladas, mas especula-se que Zhao carregava iPhones e processadores Intel.
A alfândega então apreendeu os itens. O portal chinês My Drivers tem um vídeo que mostra a ocorrência. Depois que a história de Zhao foi divulgada nas redes sociais, ela ganhou um apelido no Brasil: “grávida de TaubaTech”, em alusão ao caso de Maria Verônica.
As tentativas de contrabando de componentes afixados ao corpo é bastante comum — especialmente na China. Em 2021, por exemplo, um homem foi preso em Hong Kong com mais de 200 CPUs amarradas às pernas. No início deste ano, uma contrabandista foi capturada com uma armadura feita de 160 processadores colados a seu corpo.