Que dados o brasileiro quer eliminar da internet?

Dados pessoais, de trabalho e de relacionamentos são os que os brasileiros gostariam de eliminar da internet. A conclusão é de uma pesquisa encomendada pela NordVPN e conduzida pela Cint que ouviu mais de 1 mil participantes no Brasil entre 12 e 18 de agosto. O estudo aponta, ainda, que cerca de 20% dos entrevistados gostariam de excluir suas informações permanentemente da internet.

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Segundo o levantamento, cinco em cada dez pessoas dizem que suas informações financeiras estão disponíveis na web e gostariam de apagá-las. Além disso, 30% alegam que não confiam em quase nada que aparece online e 25% temem ser manipulados na internet — uma preocupação legítima, especialmente no cenário atual de fake news e golpes.

Os maiores receios dos internautas incluem momentos embaraçosos (43%), e-mails (37%) e informações sobre a vida sexual (28%). Além disso, eles gostariam de apagar fotos ou vídeos desagradáveis (23%), redes sociais (27%), perfis antigos de namoro (20%), informações médicas (16%), ficha criminal (8%) e histórico do emprego anterior (7%).

Vale lembrar que informações sobre a atividade sexual não são, em geral, expostas online propositalmente pelo próprio indivíduo. A exibição de nudes alheios por vingança é uma prática criminosa que pode ser punida.

Embora não seja possível pagar para ter informações retiradas da web, há quem tenha interesse nessa possibilidade: 46% dos entrevistados investiriam até R$ 500 para excluir dados que estão disponíveis online. Outros 8% estariam dispostos a gastar entre R$ 501 e R$ 2,6 mil nisso e 3% pagariam entre R$ 2.601 e R$ 5,3 mil nessa opção.

Daniel Markuson, especialista em privacidade digital da NordVPN, lembra que, já que não é possível remover os dados da internet, é importante mantê-los seguros. “Usar senhas sofisticadas, ferramentas de segurança cibernética (como VPN, antivírus e gerenciador de senhas) e se conscientizar sobre ameaças ajudam os indivíduos a protegerem suas informações mais valiosas online nos próximos anos.”