Policial penal que matou menina de 10 anos após briga de trânsito segue preso em MG

O policial penal Márcio da Silveira Coelho, de 34 anos, que atirou na cabeça de Lavínia Freitas de Oliveira e Souza — menina que morreu após um mês internada — continua preso na Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele foi detido no dia 17 de junho, dois dias após o crime. As informações foram confirmadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) nesta quarta-feira (16).

Lavínia foi baleada na cabeça em uma estrada que liga as cidades de Diogo de Vasconcelos e Porto Firme, na Zona da Mata de Minas, após uma briga de trânsito. De acordo com informações repassadas pela família à Itatiaia, ela faleceu nesta madrugada em um hospital de Juiz de Fora. Os parentes organizam o translado do corpo para Diogo de Vasconcelos, onde será realizado o sepultamento.

Imagens cedidas à Itatiaia

O crime ocorreu no dia 15 de junho. Segundo o registro da Polícia Militar, Márcio da Silveira, que dirigia um Onix cinza, atirou contra um Santana ocupado pelo pai da menina, Marcelo de Oliveira e Souza, de 46 anos, e por Lavínia. Um dos disparos atingiu a cabeça da criança, que foi internada em estado gravíssimo.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o Santana é perseguido pelo Onix. É possível ouvir o barulho de pneus e, em seguida, ver o policial colocando a mão para fora do carro e efetuando os disparos.

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), o pai seguia com a filha no carro da família pela estrada. Ao passarem por um trecho conhecido como Vinte Alqueires, ele percebeu um veículo se aproximando. O carro ultrapassou, parou à frente e bloqueou a passagem. Logo depois, um homem moreno, de estatura mediana e usando boné desceu do veículo.

O pai, acreditando se tratar de um assalto, acelerou e desviou pela direita da via. Nesse momento, ouviu vários tiros — um deles acertou a cabeça da menina.

Ele contou à Polícia Militar que mora em Viçosa há dez anos, que o passeio era para visitar os avós da criança.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda um posicionamento.