Mulher grávida, de 22 anos,
O companheiro da vítima teve a prisão confirmada nesta segunda-feira (1°), três dias após as agressões. A jovem relatou à reportagem que o ciclo de agressões começou depois que ela contou ao homem que estava grávida.
“Ele passou a ficar me dando tapa na cara, murro na barriga, puxão de cabelo, ficava me sufocando, me enforcando também, me dando chute e agredindo com palavras também”, explicou a mulher, que terá a identidade preservada.
De acordo com a vítima, ela era proibida de sair de casa e tinha a rotina controlada pelo companheiro. “Perdi o contato (com os familiares), porque ele não me deixava sair. Ele não deixava, eu só tinha que ficar em casa. E quando eu conseguia sair para a rua, parecia que ele pedia a alguém para me vigiar”, comentou a jovem.
A vítima atacada, além da gravidez de 2 meses, tem uma filha, de um relacionamento anterior. A menina, de 1 e 4 meses, precisou ir morar com os avós por conta das ameaças que o homem fazia a mãe dela.
“Ele já chegou a falar que se eu não perdesse esse bebê, ele vai fazer questão de fazer eu perder o bebê, vai me bater até eu perder o bebê. Ele já chegou a falar que quando esse bebê nascer e se ele ver esse bebê ou eu colocar na mão dele, ele vai matar ele”, relatou a vítima.
Após a prisão do companheiro, a jovem foi acolhida por familiares. Apenas nos primeiros sete meses de 2025, segundo dados da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), mais de 90 mil pessoas foram vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito foi ouvido na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, na madrugada de domingo (31), “onde teve a prisão em flagrante ratificada por vias de fato e ameaça. A PCMG também solicitou medida protetiva para a vítima, de 22 anos”.