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‘Homicídio seguido de suicídio’, conclui PC sobre morte de avó, mãe e neta no Barro Preto, em BH

Os corpos das vítimas foram encontrados no dia 9 de maio deste ano

‘Homicídio seguido de suicídio’, conclui PC sobre morte de avó, mãe e neta no Barro Preto, em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou as investigações do caso da morte de três pessoas da mesma família em um apartamento no bairro Barro Preto, na regional Centro-Sul de Belo Horizonte, e concluiu que se trata de homicídio seguido de suicídio.

As informações foram repassadas à imprensa nesta quinta-feira (26). O inquérito policial foi concluído na última segunda-feira (23), conduzido pela Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) Leste.

A Polícia Civil aponta que as mortes foram premeditadas por Daniela Antonini, de 42 anos. Sua mãe, Cristiana Antonini, de 68, sua filha, Giovanna Antonini, de 1 ano e 7 meses, e quatro cachorros faleceram no episódio.

“Chegamos à conclusão de que ela arquitetou o ato, o que caracteriza o crime de homicídio seguido de suicídio. Ela vedou o ambiente, preparou os braseiros e deitou com a filha e a mãe que já dormia sob efeito de medicação”, informou a delegada Iara França Camargos.

A delegada afirmou que a Polícia Civil acredita que a família faleceu na noite do dia 6 de maio. Os corpos foram encontrados em estado avançado de decomposição.

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“A causa das mortes foi asfixia por monóxido de carbono, com um alto nível da substância encontrado no sangue das vítimas”, afirmou Iara França Camargos.

A corporação divulgou trechos da carta que Daniela deixou antes de tomar a decisão. No texto, ela diz coisas como “só Deus é o meu juiz”, “tentei além do meu limite” e “sinto muito”.

A investigação aponta que os principais motivos para a tragédia foram dificuldades financeiras e a saúde da bebê, que sofre de uma doença chamada “atresia do esôfago”. Além disso, questões psiquiátricas de Daniela contribuíram para o episódio.

Como a suspeita faleceu, o inquérito foi concluído com pedido de arquivamento, informou a Polícia Civil.

Relembre o caso

Os corpos foram localizados pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) no dia 9 de maio deste ano após chamado de vizinhos.

As vítimas estavam deitadas em uma cama dentro de um quarto com portas e janelas fechadas, e os cachorros estavam deitados no chão do cômodo. No local, foram encontradas bandejas com carvão queimado.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.
Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022