A Justiça de Minas Gerais decretou a prisão preventiva de Matteos França Campos, de 32 de anos,
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Ao revelar o suposto desaparecimento da mãe, Matteos contou à polícia que ela deixou de ir a uma festa, pois estava passando mal. Ele, por sua vez, havia viajado para a Serra do Cipó e se preocupou ao não conseguir falar com ela.
Por conta disso, Matteos pediu que uma tia fosse até o endereço, e ela não encontrou Soraya no local. Ele então pediu que alguém arrombasse o imóvel e retornou da viagem teoricamente preocupado. No mesmo dia, o corpo de Soraya foi encontrado.
Após cinco dias de investigação, a polícia - que ainda aguarda o resultado de laudos periciais - determinou a prisão temporária de Matteos que tem validade de 30 dias e pode ser prorrogada por mais 30.
Prisão do filho
Ana Paula Rodrigues de Oliveira, do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou porque Matteos foi preso.
“A suspeição recai em decorrência de todas as investigações e, para a proteção das diligências que estão sendo realizadas, o resguardo de tudo o que tem sido feito, fez-se necessária a prisão neste momento. E, inclusive, ele confessou os fatos nesta ocasião”, destacou.
Ele foi preso na casa do pai. “Foi uma prisão tranquila. Em momento nenhum ele reagiu. A família ficou desorientada, penso eu, que eles não estavam acreditando. Até então, ele era um contribuinte. Efetuamos a prisão, ele não resistiu, veio com a gente, esperou o momento de busca, aceitou fazer a confissão.”
Matteos diz que ninguém da família e do seu círculo social sabiam do crime.
Motivação do crime
Matteos alega ter agido sozinho. “A motivação teria sido uma discussão acalorada ocorrida no dia 18, sexta-feira, por questões financeiras. Ele se encontrava com muitas dívidas e, em razão disso, afirmava estar atordoado”, esclarece a delegada.
“Ele participava de jogos de apostas na internet. São questões que levaram a um colapso financeiro [...] Ele alega que teve um surto no momento”, acrescentou. Matteos disse, ainda, que as discussões eram frequentes por conta disso. Nenhum vizinho escutou a briga.
A polícia ainda apura as afirmações de Matteos, que também teria empréstimos consignados e muitas dívidas. “Isso tudo vai ser confirmado com os bancos”, diz.
Com Patrícia Marques