A crise climática deixou de ser um problema distante para se tornar uma realidade urgente. Ondas de calor extremo, enchentes, estiagens prolongadas e perda de biodiversidade já impactam milhões de pessoas ao redor do mundo. Cientistas, governos e organizações sociais têm soado o alarme: é preciso agir agora para garantir um futuro minimamente sustentável para as próximas gerações.
É nesse contexto que o Brasil ganha os holofotes do planeta ao sediar, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, a COP30 — Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas — em Belém, no Pará. Esta será uma oportunidade histórica para o país mostrar sua capacidade de liderança nas negociações climáticas, destacando iniciativas em energias renováveis, biocombustíveis, agricultura de baixo carbono e preservação das florestas.
Mas antes disto, em preparação para a COP30, Belo Horizonte será sede do Seminário Internacional Águas para o Futuro 2025. O evento, gratuito e com vagas limitadas, será realizado de 3 a 5 de junho, no Teatro Unimed – Minas Tênis Clube. Integrando a programação da Semana do Meio Ambiente, a proposta é reunir diferentes vozes para uma questão urgente: como tornar as cidades mais resilientes diante das mudanças do clima?
Programação com alcance internacional
Durante três dias, o seminário vai promover debates com representantes de 28 países, além de especialistas de universidades brasileiras e estrangeiras, pesquisadores, lideranças comunitárias e gestores públicos. A programação inclui painéis temáticos, fóruns e palestras sobre temas como segurança
hídrica, planejamento urbano, cooperação internacional e soluções baseadas na natureza. Tudo com o objetivo de construir caminhos concretos para enfrentar a crise climática nos territórios urbanos.
Com coordenação do Programa Hidrológico Intergovernamental da UNESCO (PHI), do CeReGAS (Centro Regional para la Gestión de Águas Subterráneas da América Latina y el Caribe) e do ISARM Américas, o seminário tem realização do Instituto Espinhaço, do Centro IDeSCA e da HMN Consultoria. O PHI da UNESCO é o único programa da ONU com foco exclusivo na ciência da água, atuando no fortalecimento de competências técnicas e na formulação de políticas públicas nos países integrantes.
A edição deste ano conta ainda com o apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, da Fecomércio MG, do Minas Tênis Clube, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad-MG), da Associação Mineira de Municípios (AMM), da GRANBEL – Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, do CREA-MG, do SEBRAE-MG e da COPASA MG.
Cidades resilientes e segurança hídrica no foco dos debates
Num cenário em que mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas — muitas delas vulneráveis a enchentes, secas ou deslizamentos —, a discussão sobre cidades resilientes nunca foi tão necessária. E a água, cada vez mais escassa em algumas regiões e abundante em excesso em outras, ocupa o centro desse debate.
O Seminário Internacional Águas para o Futuro 2025 propõe um olhar coletivo para a gestão dos recursos hídricos em tempos de emergência climática. Vai ser um espaço para conectar ciência, políticas públicas e ações comunitárias, com foco em soluções locais e escaláveis. É também um momento para mostrar como a cooperação entre países, estados, municípios, universidades e a sociedade civil pode ser o diferencial para o enfrentamento do aquecimento global.
“Nosso objetivo é mobilizar cidades, instituições e lideranças para transformar desafios climáticos em soluções concretas”, resume Breno Carone, idealizador do evento e presidente do Instituto IDeSCA. O evento representa uma oportunidade única para Minas Gerais reforçar seu protagonismo no cenário global da sustentabilidade. Ao reunir vozes do Brasil e do mundo em torno de soluções para os desafios climáticos, o seminário convida também cada cidadão a repensar seu papel na construção de um futuro mais justo, resiliente e equilibrado.
A expectativa é reunir até 500 participantes por dia, entre especialistas, autoridades públicas, pesquisadores, estudantes, representantes do setor produtivo e da sociedade civil. O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas.
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