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Mulher denuncia morte de pastor alemão durante operação da PC em BH: ‘Desamparada’

De acordo com a Polícia Civil, eles cumpriam o mandado de busca e apreensão

Morte ocorreu nesta quinta-feira (24) durante operação da PC

Um pastor alemão de quatro anos foi morto por um agente da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) durante uma operação em uma casa no bairro Jaqueline, na região Norte de Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (24).

A autônoma Michelle Pereira Santos, de 38 anos, contou que, por volta das 6h, os policiais chegaram no endereço onde mora “invadido” e “forçando o portão”. “Forçaram o portão, e a reação do cão foi proteger”, contou. Nesse momento, cão foi abatido.

A revolta ainda é maior pelo fato de que não conheciam o alvo de busca e apreensão. “Entraram na minha casa falando que tinha um mandado de busca para uma pessoa que nem conhecemos”, contou a moradora.

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Michelle relatou que ela e o filho, de 9 anos, ficaram aterrorizados com a perda brutal do cão, chamado Brutus. “Era cão de guarda, mas muito brincalhão”, contou. “Estou entristecida. Meu filho, de 9 anos, que gostaria de ser polícia, já não quer mais”, contou.

Depois disso, segundo ela, os policiais perceberam que o suspeito não morava lá e falaram que cometeram um erro. “Tive que acionar a Polícia Militar (PM) para fazer outra ocorrência e retirar o cachorro”, disse.

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Outro lado

Por meio de nota, a PC deu outra versão. Segundo a polícia, hoje, foi dado cumprimento a um mandado de busca e apreensão no endereço. Ao chegarem ao local, as equipes se depararam com um portão de ferro aberto e “diversos cães no quintal”. Segundo a moradora, eram três.

Durante a aproximação, os policiais usaram spray de pimenta na tentativa de conter os cães. Apesar da medida, os animais não recuaram.

“No momento em que um dos agentes empurrou levemente o portão para visualizar o interior da casa, um cão da raça pastor alemão, de grande porte, conseguiu sair para a rua e investiu contra o policial”, afirmou a nota da PC, justificando o tiro letal que atingiu o animal.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.