Em um julgamento que durou mais de 12 horas no Fórum Lafayette, no bairro Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, Diogo Bueno, conhecido como ‘Jogador’, e Vitor Afonso de Paula foram condenados a 17 anos e 6 meses de prisão pelo
O crime
Segundo relatos, o ‘Jogador’ teria cobrado uma dívida de Édson Jesus da Silva, apelidado de ‘Nico’, um eletricista que fazia um reparo na casa da vítima, e teria uma dívida de R$ 127 com traficantes.
Édson estava prestando serviços na residência de Vaneza quando foi surpreendido por Diogo Bueno e Victor Afonso de Paula Pereira. Vitor teria emprestado a arma utilizada no crime para Diogo. Ao atirar contra o homem, Vanessa, que estava sentada em um sofá, foi atingida.
Família aliviada com julgamento
A filha de Vaneza, Paloma Soares Gomes, conversou com a reportagem da Itatiaia e expressou seu alívio com o resultado do julgamento, apesar de ainda sentir a perda da mãe.
“Graças a Deus, 17 anos que ele tomou, ele tinha que tomar mais. A justiça foi feita, mas eu queria outra justiça, né? Mas tá tudo tranquilo agora. A mente tá em paz, um pouco, né?”, começou dizendo Paloma. Ela também mencionou o sofrimento da família ao saber que o acusado, Diogo Bueno, estava vivendo normalmente e chegou a ser preso comemorando seu aniversário.
“Isso aí para a gente foi um caos. Ele ficou um ano inteiro na resenha, né?”, lamentou Paloma, que também lembrou da relação da mãe: “Minha mãe era maravilhosa, sem explicação”, finalizou.
Familiares de Vaneza pedem por Justiça na porta do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.
Vitória Soares Gomes, a segunda filha de Vaneza, que estava presente no momento do assassinato, desabafou e disse que a dor persiste.
“Sim, eu estava lá com a minha mãe e isso é um sofrimento que não passa, né? Agora é cabeça erguida e bola para frente. É honrar a memória da dona Vanessa. Isso que ela queria e é isso que a gente vai fazer”, afirmou ela.
A advogada de defesa de Diogo Bueno, Tamires Gradice, informou que a defesa estuda a possibilidade de recorrer da decisão.
“Nós tentamos o homicídio culposo, quando não tem intenção de matar, porque realmente foi um acidente, mas infelizmente o conselho de sentença entendeu que seria um homicídio doloso”, explicou a advogada. Questionada sobre a intenção de recorrer, ela respondeu: “Nós ainda não conversamos com o Diogo, mas provavelmente, sim”.