O número de foliões nas ruas de Belo Horizonte superou todos os anos anteriores: de acordo com a prefeitura da cidade (PBH), foram 6,05 milhões curtindo a festa de um dos maiores carnavais do país, entre 15 de fevereiro e 9 de março, que movimentou R$ 1,2 bilhão na economia local.
Segundo os dados do Observatório do Turismos divulgados nesta terça-feira (11), a festa continua sendo feita por belo-horizontinos para belo-horizontinos. Isso porque grande parte das pessoas que foram para as ruas são moradoras da própria capital (82%). O número de turistas cresceu de 2024 para 2025.
Conforme o levantamento, 18% dos foliões são visitantes. No ano anterior, 16,7% do público era formado por turistas. No total, a estimativa 270,5 mil pessoas de fora da cidade.
A maioria dos visitantes é do interior de Minas Gerais (58,9%). Em seguida, aparece São Paulo (17,8%); Distrito Federal (5,9%); Rio de Janeiro (3%); Espírito Santo (3%) e Paraná (3%). As principais cidades são: São Paulo (8,5%); Brasília (5,9%); Divinópolis (5,9%) e Juiz de Fora (3,7%).
A festa atraiu mais mulheres (56,3%) que homens (42,6%) com renda familiar mensal, com maior ocorrência, foi a faixa acima de 3 a 5 salários mínimos (25,6%).
Os visitantes ficaram, em média, 3,9 dias no período do Carnaval. Eles precisaram desembolsar cerca de R$ 483,69, tendo um aumento em relação ao ano anterior, que registrou gasto médio de R$397,42. O total médio foi de R$ 1.856,44, superando os R$ 1.474,34 de 2024, conforme a pesquisa.
Hotéis lotados
Os números refletiram na rede hoteleira. A taxa de ocupação de toda a cidade atingiu 76,73%, superando o índice de 71,36% do último ano. Já a região Centro-Sul alcançou a média de 82,10%, acima da média de 2024, que foi de 80,89%, conforme dados são da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIHMG).
A avaliação média da festa, segundo a pesquisa, foi de 8,8, com 83% dos foliões relatando que suas expectativas foram plenamente atendidas ou superadas. 93% das pessoas pesquisadas demonstraram satisfação com o evento. “Tínhamos um desafio muito grande que era manter a qualidade do carnaval de 2024 ou superar. E nós conseguimos superar... Superar em qualidade, superar em segurança, superar em números”, disse o prefeito Álvaro Damião.
Em relação à reclamação dos blocos contra megaeventos, como, por exemplo, do bloco do Alok, que provocariam a descaracterização do Carnaval, o prefeito garantiu: “Não tem chance nenhuma disso acontecer. O nosso Carnaval é dos blocos que fizeram o Carnaval chegar onde chegou.”
A pesquisa
A pesquisa realizou 1,5 mil entrevistas com foliões entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março. Os questionários foram aplicados presencialmente em 41 blocos de rua. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com grau de confiança de 95%.
