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Omissão de socorro no trânsito cresce mais de 6% em MG; crime pode levar a até 6 anos de prisão

Delegado explica consequências legais para motoristas que fogem de acidentes sem prestar auxílio às vítimas, ressaltando a importância do socorro imediato

A omissão de socorro em acidentes de trânsito é um crime grave que pode resultar em sérias consequências legais para os motoristas envolvidos. O delegado Rodrigo Fagundes, da divisão especializada em prevenção e investigação de crimes de trânsito da Polícia Civil, esclarece os desdobramentos jurídicos dessa infração.

Segundo o delegado, a pena para omissão de socorro pode variar de 1 a 6 meses de detenção ou multa. No entanto, as consequências podem ser ainda mais severas dependendo do resultado do acidente. “Se o motorista mata alguém conduzindo veículo automotor, se envolve em um acidente ou atropelamento e deixa de prestar socorro, essa pena ainda aumenta de um terço à metade, podendo chegar até seis anos”, explica Fagundes.

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Agravantes e humanidade

O delegado também ressalta que, em casos de lesão corporal, a pena base de seis meses a dois anos pode ser aumentada de um terço à metade, chegando a até três anos. Fagundes enfatiza a importância do aspecto humano nessas situações: “Isso é uma questão de humanidade. Você se envolveu em um acidente, você foi o causador do acidente, o mínimo que você deve fazer é prestar o socorro àquela vítima”.

Caso o motorista não tenha condições de prestar socorro imediato, é fundamental que acione as autoridades competentes que possam fazê-lo. O delegado alerta para as consequências de abandonar a vítima: ‘O que não pode acontecer, que muitas vezes a gente vê, é deixar a pessoa à própria sorte, porque a chance dessa pessoa sofrer uma sequela grave ou mesmo vir a óbito é muito grande’.


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Ita
A Ita é a Inteligência Artificial da Itatiaia. Todas as reportagens produzidas com auxílio da Ita são editadas e revisadas por jornalistas.
Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
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