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Tragédia no Vale do Mucuri: apenas cinco corpos foram liberados pelo IML de BH

Agentes da PC fazem uma força tarefa para conseguir liberar os outros 36 corpos, mas ainda não há previsão de conclusão dos trabalhos

Tragédia no Vale do Mucuri: acidente com ônibus deixa 39 mortos

Apenas cinco corpos das 41 vítimas do acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, foram liberados do Instituto Médico-Legal (IML) André Roquette, em Belo Horizonte.

Todos os corpos das vítimas do maior acidente em rodovias federais desde 2008 foram encaminhados ao IML de BH para exames. Os peritos da Polícia Civil utilizam impressões digitais, arcadas dentárias e exame de DNA para identificar as vítimas.

Os agentes da PC fazem uma força tarefa para conseguir liberar os outros 36 corpos, mas ainda não há previsão de conclusão dos trabalhos.

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Relembre

Um ônibus da Emtram que vinha de São Paulo com destino a Vitória da Conquista, na Bahia, pegou fogo após a colisão na madrugada deste sábado (21), por volta de 3h. Ao todo são 48 vítimas envolvidas no acidente, sendo 45 do ônibus e 3 do carro. Desse total, 9 pessoas foram encaminhadas para hospitais, sendo que duas morreram em atendimento.

Por meio das redes sociais, o governador Romeu Zema ressaltou que as Forças de Segurança do estado trabalham sem interrupção para agilizar o atendimento no local, e prestou condolências.

Dinâmica do acidente

Ainda em investigação, a Polícia Civil apresenta uma hipótese inicial de que uma pedra se soltou da carreta por conta do excesso de peso, causando o acidente. “A princípio, de fato, em relação à dinâmica dos fatos, o que se levantou é de que o caminhão transitava no sentido Belo Horizonte e o ônibus no sentido oposto, ou seja, no sentido da Bahia, e, em dado momento, um trecho da rodovia onde existe um declive, uma curva, essa posição traseira do bitrem trazia uma grande pedra de granito, que teria se desgarrado e atingido em cheio o ônibus”, explica o delegado Saulo Castro.

“Foram ouvidos também os ocupantes deste outro veículo que veio atrás do ônibus e, realmente, há uma informação de que poderia ter ocorrido o estouro de um dos pneus, mas dadas circunstâncias e análises de campo, a linha mais provável é do desprendimento dessa pedra”, pontua.

Já a Polícia Militar (PM) informou que o motorista da carreta estava com a CNH suspensa, provavelmente, por ter sido parado em 2022 em uma blitz da lei seca na cidade de Mantena, no Vale do Rio Doce. À época, ele se recusou a fazer o teste de etilômetro, e teve a carteira apreendida.

“Fizemos esse rastreamento e continuamos em contato com agências de outros estados, sobretudo, do Espírito Santo, na tentativa da captura do motorista foragido”, destaca o tenente-coronel Flávio Santiago.

A Polícia Civil pediu a prisão do homem e, após investigação, ele pode ser responsabilizado criminalmente.


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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.