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‘Bombeiros disseram que tive sorte de estar vivo’, disse mensagem de mineiro antes de desaparecer em Paris

O Fantástico, da TV Globo, teve acesso exclusivo ao conteúdo das mensagens trocadas pelo fotógrafo e um amigo

O fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, 36 anos, está desaparecido em Paris, na França, há 14 dias. Nesse domingo (8), o Fantástico, da TV Globo, exibiu a última troca de mensagens dele com o francês Alexandre Callet, o Alex. O estudante de moda foi a última pessoa que teve contato com o mineiro.

O brasileiro contou que caiu na Ilha dos Cisnes, no meio do Rio Sena, e aguardou socorro por três horas, sendo resgatado pelos bombeiros. “Os bombeiros disseram que tive sorte de estar vivo. Não consegui sair da água. Fiquei muito tempo lá.” E disse ainda: “Eu bebi demais e fiz uma besteira enorme”.

Poucas horas depois dar entrada no hospital, Flávio teve alta. “Me liberaram ao meio-dia, o horário do meu voo. Fui na imobiliária que me alugou o apartamento pra pedir ajuda. “Quero ficar pelo menos um dia a mais até conseguir um novo voo”, escreveu.

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Em uma foto, Flávio mostra a pulseira de atendimento na emergência de um hospital.

“Me liberaram ao meio-dia, o horário do meu voo. Fui na imobiliária que me alugou o apartamento pra pedir ajuda”, disse o fotografo. “Quero ficar pelo menos um dia a mais até conseguir um novo voo”, completou.

Alex disse que Flávio poderia ficar na casa dele. Contudo, o mineiro respondeu: “Não, não se preocupe, eu me viro”.

Conforme as mensagens, Flávio negociou com a imobiliária e conseguiu um outro apartamento. Depois disso, colocou as roupas molhadas pra lavar e disse a Alex: “Vou tentar dormir. Estou exausto”.

No dia seguinte, Alex voltou a fazer contato com o brasileiro, mas não teve retorno. “Comecei a achar tudo muito bizarro. Voltei pro apartamento alugado, tentei digitar a senha da fechadura digital, mas não deu certo. Aí depois liguei pra imobiliária, e eles disseram: “Olha, a gente não sabe onde ele tá. Mas um senhor que trabalha num restaurante atendeu o celular do Flávio”, contou Alex ao Fantástico.

O fotógrafo teve o nome incluído na Difusão Amarela da Interpol. A lista contém nomes de pessoas desaparecidas ao redor do mundo e emite um alerta para as autoridades dos países membros da organização.

O desaparecimento

Ele desapareceu em 26 de novembro quando estava previsto o embarque dele de volta ao Brasil. Segundo amigos, ele chegou a fazer o check-in. Depois, a família recebeu informações que Flávio teria se acidentado na véspera da viagem, tendo sido levado a um hospital.

Conforme um amigo, Flávio teria caído no rio Sena e sido levado a uma unidade de saúde, mas a polícia não dá detalhes de como aconteceu e quem o socorreu.

Conforme a nota enviada a imprensa, após sair do hospital Flávio foi ao escritório da ‘checkmyguest’, empresa responsável pelo Airbnb onde o fotografo estava hospedado. Na ocasião, ele teria tentado estender a estadia por mais uma noite no apartamento.

O celular do fotógrafo foi encontrado em um vaso de plantas, próximo ao restaurante em que o brasileiro, que passou as informações aos familiares, trabalha.

Trabalho em Paris

Ele foi a trabalho para fazer as fotos do casamento da mineira Isabella de Lima, que aconteceu em Paris. Segundo a jovem, a escolha da empresa de fotografia de Lucian e Flávio se deu por causa da amizade que ela tem com os dois, por causa da competência deles e porque eles teriam mais facilidade de estarem em Paris.


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