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Amigo de mineiro desaparecido em Paris denuncia desinteresse da polícia no caso: ‘Para eles, não é urgente’

Segundo o amigo Rafael Basso, ele retornará à delegacia de polícia nesta segunda-feira (2) para tentar acessar os pertences de Flávio de Castro Sousa como mala e celular

As buscas pelo fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, 36 anos, que está desaparecido em Paris, na França, chegaram ao sexto dia. Até o momento, familiares e amigos do mineiro não receberam nenhuma informação sobre o que pode ter acontecido. Eles denunciam a falta de celeridade das autoridades francesas e tentam acessar a mala e o celular em buscas de mais pistas.

“Um policial nos contactou dizendo que não podem fazer nada e que não olham as câmeras neste (tipo) caso. Vamos à delegacia de novo e insistir para abrirem a mala e o celular, mas não sabemos se seremos apreendidos”, disse Rafael Basso à Itatiaia, mineiro e amigo de Flávio, que mora na cidade e participa das buscas.

“Sem uma formalização do governo brasileiro pedindo esclarecimentos e uma investigação, a situação não vai evoluir, porque a polícia deixa cada vez mais claro que para eles está situação não é urgente”, acrescentou.

Em uma nota, divulgada no último sábado (30), o Itamaraty informou que o Consulado-Geral do Brasil em Paris tem conhecimento do caso está em contato com as autoridades locais e presta assistência consular aos familiares do nacional.

“Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações detalhadas sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”, completou o Itamaraty.

A reportagem voltou a entrar em contato com a pasta e aguarda um posicionamento.

O desaparecimento

Ele desapareceu na última quarta-feira (27), quando estava previsto o embarque dele de volta ao Brasil. Segundo amigos, ele chegou a fazer o check-in. Depois, a família recebeu informações que Flávio teria se acidentado na véspera da viagem, tendo sido levado a um hospital.

Conforme o amigo Rafael, Flávio teria caído no rio Sena e sido levado a uma unidade de saúde, mas a polícia não dá detalhes de como aconteceu e quem o socorreu.

O celular do fotógrafo foi encontrado em um vaso de plantas, próximo ao restaurante em que o brasileiro, que passou as informações aos familiares, trabalha.

Postagens nas redes sociais

As últimas postagens de Flávio foram feitas no dia 25 de novembro, um dia antes do desaparecimento.

Nos stories, ele postou uma foto da Torre Eiffel, cartão postal de Paris, com a música “Voyage Voyage”. Ele também publicou fotos em outros pontos turísticos na capital francesa, como Museu do Louvre e a Catedral de Notre-Dame.

Ao longo da viagem, publicou registros em que aparece com amigos.

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Nascido em Campo Belo e criado em Candeias, ambas cidades do interior de Minas Gerais, Flávio residia atualmente em Belo Horizonte, no bairro Santa Efigênia.

*com informações de CNN Brasil

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
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