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Minas Gerais ainda tem 41 cidades sem coleta e tratamento de esgoto, diz IBGE

Principal dificuldade apontada pelos municípios para universalizar o serviço é falta de educação ambiental

Serviço envolve coleta, tratamento e disposição final de resíduos gerados pela população, além da manutenção das áreas públicas da cidade

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que ainda existem cidades em Minas Gerais que não possuem serviço de esgotamento sanitário. O Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC 2023) revelou que 41 dos 853 municípios mineiros ainda não tem coleta e tratamento de esgoto.

O serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, conforme a lei 11.445/07, é composto pelas seguintes atividades:

  • Disponibilização e manutenção de infraestruturas e instalações operacionais de coleta;
  • Varrição manual e mecanizada;
  • Asseio e conservação urbana;
  • Transporte; transbordo e tratamento de lixo;
  • Destinação final ambientalmente adequada do lixo domiciliar e dos resíduos de limpeza urbana.
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Ou seja, o serviço envolve tanto a coleta quanto o tratamento e a disposição final de resíduos gerados pela população e a manutenção das áreas públicas da cidade.

Um aspecto importante para regular o serviço de esgotamento sanitário em uma cidade é a adoção da chamada Política Municipal de Saneamento Básico, que prevê a gestão e o planejamento do saneamento em uma cidade. O plano define aspectos como a forma de prestação de serviços, as normas de regulação, direitos e deveres dos usuários, de participação e controle social.

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Em 2023, apenas 525 municípios mineiros contavam com o serviço, o equivalente a 61,5%. Das cidades que ainda não tem uma Política Municipal de Saneamento Básico, 86 afirmaram que estão em processo de elaboração, somando 10,1%.

Educação ambiental nas cidades mineiras

Um aliado importante para a universalização dos serviços de esgoto e coleta de resíduos sólidos é a Política Municipal de Educação Ambiental. Somente 60 cidades de Minas Gerais adotam o plano, totalizando 7%. Outros 61 municípios mineiros, o equivalente a 7,2%, estão em processo de elaboração de um plano de educação ambiental.

No entanto, quando a gestão das cidades foram questionadas sobre as principais dificuldades para administrar os serviços de resíduos sólidos em 2023, a maioria respondeu que o principal empecilho é carência de educação ou consciência ambiental da população.

Além disso, em 2023, 290 municípios informaram responder processo por manejo de resíduos sólidos ambientalmente inadequado, sendo 221 com processo judicial e 108, administrativo.

*Sob supervisão de Enzo Menezes


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Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.