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Passageiros de BH ficam no ônibus o mesmo tempo, por viagem, que usuário de SP, revela pesquisa

O levantamento foi feito pela Confederação Nacional do Transporte (CNT); a média é de 57 minutos dentro do coletivo

Uma pesquisa do Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que passageiros do transporte coletivo em Belo Horizonte gastam, me média, 57 minutos dentro do ônibus, isso quando há congestionamento. Os dados, apresentados nessa segunda-feira (25), levam em consideração uma viagem de 10 quilômetros.

O tempo aqui na capital mineira é o mesmo de São Paulo, que tem uma população de mais de 21 milhões de habitantes, incluindo a região metropolitana.

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Belo Horizonte tem a terceira maior população, incluindo a metropolitana, com quase 6 milhões de pessoas. A pesquisa também aponta que o transporte coletivo é usado, por mais de 50% da população brasileira, para trabalhar, seguido por fazer compras.

Nas ruas de Belo Horizonte, quem anda de ônibus confirma os dados e diz que gasta tempo demais dentro dos coletivos. A cabeleireira Daiane Lima, de 32 anos, disse que fia por volta de 40 minutos. “Depende do dia, na avenida Pedro II costuma agarrar. Mas já morei em lugares piores: em Venda Nova demora muito mais devido ao trânsito”, disse.

Outra usuária, que mora em Ribeirão das Neves (Grande BH), precisa de utilizar três ônibus para chegar ao trabalho. “Demoro de duas a três horas. Isso dá o maior desânimo. Acho que BH precisa de aumentar o número de ônibus”, acrescentou.

O operador de máquinas Renato Couto, de 31, concorda. “Uso bem pouco, mas, quando ando, demora entre 1h e 1h30 para chegar ao Centro”, contou.

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O levantamento ouviu mais de 3 mil pessoas em 35 municípios com mais de 100 mil habitantes e revelou que quem usa o transporte público está disposto a pagar mais por viagens mais confortáveis e por veículos menos poluentes. Por outro lado, mais da metade das pessoas que usam ônibus é porque não tem outro meio de transporte.

Para mais da metade dos entrevistados, a solução para ficar menos tempo dentro dos ônibus, seria aumentar o número de linhas e horários, renovar a frota, elaborar um plano de mobilidade e implantar a tarifa zero.


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Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022
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