A delegada aposentada Suely Márcia Giron de Paula, de 70 anos, foi
Conforme o boletim de ocorrência, a polícia chegou até a residência e se deparou com a porta fechada. Ao gritar pelos moradores, Samuel apareceu na janela, com um nariz de palhaço, ao lado de um cachorro. Segundo os militares, ele falava coisas desconexas e palavras sem sentido.
Os policiais pediram, então, que ele abrisse a porta da casa e ele aceitou. Assim que entraram na residência, os militares viram manchas de sangue nas escadas. Ao subir para o segundo piso do imóvel, os policiais encontraram o corpo de Suely caído no chão. A casa também estava revirada, com alguns objetos quebrados, indicando sinais de violência.
O cadáver apresentava um sangramento na cabeça e na boca, e estava aparentemente sem sinais vitais. A polícia acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito da delegada no local.
Os peritos identificaram ferimentos no rosto da delegada, hematomas nos dois braços e uma perfuração nas costas. O corpo foi liberado e encaminhado ao Instituto Médico Legal.
Diarista acionou polícia após ouvir gritos de socorro
De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada após a diarista da casa ouvir gritos de socorro de Suely. A mulher contou que foi até a residência para trabalhar e, ao chegar, se deparou com as portas abertas. Quando a faxineira foi subir as escadas, ela notou que havia gotas de sangue no caminho.
Samuel foi até a diarista e pediu para que a diarista fosse embora. Nesse momento, a delegada começou a gritar por socorro, pedindo que ela subisse as escadas. A mulher tentou ir até a patroa, mas foi impedida pelo jovem, que disse que a mãe estava com Covid.
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A diarista disse que saiu da casa e, quando olhou para a janela, viu Suely com sinais de sangramento e hematomas no braço. A faxineira, então, correu até a casa de um amigo da vítima, que disse que ia ligar para a polícia. Após sair da casa dele, a diarista foi até a cadeia do município pedir ajuda. Os militares foram imediatamente até a casa da delegada e se depararam com a cena do crime.
Em depoimento, a diarista afirmou que Samuel seria usuário de drogas e que teria ficado com raiva da mãe após ela tentar interná-lo compulsoriamente em uma clínica de reabilitação. A mulher ainda disse que já havia notado hematomas nos braços e no rosto da delegada.