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Jovem que matou mãe em Barbacena (MG) é encontrado pela polícia usando nariz de palhaço

A delegada aposentada Suely Márcia Giron de Paula, de 70 anos, foi morta na manhã desta terça-feira (19); vítima pediu ajuda a diarista antes de morrer

Samuel Giron de Paula Paiva, de 26, está preso pela morte da mãe, a delegada aposentada Suely Márcia Giron de Paula, de 70 anos

A delegada aposentada Suely Márcia Giron de Paula, de 70 anos, foi morta na manhã desta terça-feira (19) pelo próprio filho em Barbacena, na região de Campos das Vertentes, em Minas Gerais. Samuel Giron de Paula Paiva, de 26, foi preso em flagrante na casa onde morava com a mãe.

Conforme o boletim de ocorrência, a polícia chegou até a residência e se deparou com a porta fechada. Ao gritar pelos moradores, Samuel apareceu na janela, com um nariz de palhaço, ao lado de um cachorro. Segundo os militares, ele falava coisas desconexas e palavras sem sentido.

Os policiais pediram, então, que ele abrisse a porta da casa e ele aceitou. Assim que entraram na residência, os militares viram manchas de sangue nas escadas. Ao subir para o segundo piso do imóvel, os policiais encontraram o corpo de Suely caído no chão. A casa também estava revirada, com alguns objetos quebrados, indicando sinais de violência.

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O cadáver apresentava um sangramento na cabeça e na boca, e estava aparentemente sem sinais vitais. A polícia acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito da delegada no local.

Os peritos identificaram ferimentos no rosto da delegada, hematomas nos dois braços e uma perfuração nas costas. O corpo foi liberado e encaminhado ao Instituto Médico Legal.

Diarista acionou polícia após ouvir gritos de socorro

De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada após a diarista da casa ouvir gritos de socorro de Suely. A mulher contou que foi até a residência para trabalhar e, ao chegar, se deparou com as portas abertas. Quando a faxineira foi subir as escadas, ela notou que havia gotas de sangue no caminho.

Samuel foi até a diarista e pediu para que a diarista fosse embora. Nesse momento, a delegada começou a gritar por socorro, pedindo que ela subisse as escadas. A mulher tentou ir até a patroa, mas foi impedida pelo jovem, que disse que a mãe estava com Covid.

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A diarista disse que saiu da casa e, quando olhou para a janela, viu Suely com sinais de sangramento e hematomas no braço. A faxineira, então, correu até a casa de um amigo da vítima, que disse que ia ligar para a polícia. Após sair da casa dele, a diarista foi até a cadeia do município pedir ajuda. Os militares foram imediatamente até a casa da delegada e se depararam com a cena do crime.

Em depoimento, a diarista afirmou que Samuel seria usuário de drogas e que teria ficado com raiva da mãe após ela tentar interná-lo compulsoriamente em uma clínica de reabilitação. A mulher ainda disse que já havia notado hematomas nos braços e no rosto da delegada.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.