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Filha de militar vítima de acidente de helicóptero ouviu a voz do pai pela última vez na Itatiaia

Walker Tadeu Alves da Silva, capitão do Corpo de Bombeiros, havia concedido uma entrevista para a Itatiaia horas antes do acidente fatal em Ouro Preto

Neste domingo (13) foi sepultado o corpo do capitão Wilker Tadeu Alves da Silva, do Corpo de Bombeiros, uma das seis vítimas fatais do acidente com o helicóptero do Corpo de Bombeiros na última sexta-feira (11). A filha dele, Maria Lúcia Alves, conversou com a reportagem e relembra que foi escutando a Itatiaia que ouviu pela última vez a voz do pai. “Foi ele explicando sobre a ocorrência que ele atendeu”, afirmou.

O capitão Wilker era um militar experiente e participou de operações de resgate da tragédia de Brumadinho em 2019. Na tarde de sexta-feira, dia do acidente, ele concedeu uma entrevista para a Itatiaia falando sobre a operação de resgate do avião que caiu no distrito de São Bartolomeu.

Já existem equipes no local que me repassaram a informação de que se trata de um avião de combate a incêndios florestais, já existe a confirmação de uma vítima fatal. Colheremos mais informações em breve com equipes no local
Capitão Wilker, em entrevista para a Itatiaia antes do acidente.

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“Toda vez que ele saia de casa, eu morria de medo. Toda vez que ele ou minha mãe saiam de casa, eu morro de medo toda vez, mas eu sabia que era o que ele amava, pilotar era a paixão dele, ele amava de verdade”, disse Maria Lúcia Alves.

A esposa do capitão Wilker também atua no Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. De acordo com ela, a mãe está “devastada”. “Ele nunca deixou nada faltar para mim. Nem para mim, nem para meus dois irmãos. Ele sempre foi a melhor pessoa do mundo. Para nós três. Eu não sei como é que eu vou viver sem ele. Ele era um ótimo profissional, um ótimo pai, um ótimo amigo, um ótimo marido. Minha mãe ‘tá' devastada, a família inteira amava ele”, declarou para a Itatiaia.

O capitão e outros dois militares foram enterrados em jazigos de honraria da corporação no Cemitério do Bonfim, destinado a agentes que morrem em serviço, e receberam aplausos de familiares e amigos que compareceram à cerimônia.

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Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Jornalista pela UFMG, já passou pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, participou da produção de programas para a rádio e cobrindo a editoria de cidades. Atualmente faz parte da editoria de Política, na cobertura das Eleições 2024.
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