As temperaturas se elevam a cada ano. Convive-se, sempre mais, com os extremos climáticos. O planeta geme diante da ganância sem limites, dos hábitos inconsequentes que levam ao desperdício, ao consumo desmedido. “Ouça o grito da Terra”, pede-nos o Papa Francisco, em sua mensagem pelo Dia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação, celebrado em setembro.
Neste mês, o horizonte de muitas cidades está obscurecido por uma névoa de fumaça e poeira. Do ponto mais alto do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – diante da menor basílica do mundo, escuta-se o grito da Terra: é possível enxergar a densa camada de poluição que contamina o ar dos municípios que integram a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os sinais de esgotamento do planeta são evidentes, mas o ser humano parece ainda não compreender que a Terra é a nossa Casa Comum, onde tudo se interliga e deve ser bem cuidado, para garantir o equilíbrio essencial à vida.
“Ouça o grito da Terra”, contemplando o horizonte no alto da Serra da Piedade e acolhendo o alerta de renomados cientistas. “Ouça o grito a Terra, no calor que castiga a cidades, nas enchentes que levam a tragédias sociais. Cuidar do planeta é exigência cidadã, compromisso cristão. Quem professa a fé no Deus-Criador, respeita a Criação. É capaz de enxergar Deus na obra divina, dedicando zelo e cuidado a cada elemento essencial à trama da vida. O primeiro passo é acolher o convite-convocação: “Ouça o grito da Terra”.
