O número de mortes no Brasil em 2024 cresceu em 4,6%, segundo dados do Registro Civil divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10). Ao todo, foram
Segundo o IBGE, 90,9% das mortes foram de causas naturais, enquanto 6,9% foram por causas externas como homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais, dentre outros. Os outros 2,2% não foram capazes de obter a natureza da morte.
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O número voltou a crescer depois de dois anos em queda. Em 2021 foram registrados 1,8 milhão de mortes, caindo para 1,52 milhões em 2022, e 1,45 milhão em 2023, segundo dados da série histórica do IBGE. As quedas eram justificadas pela diminuição dos casos da pandemia, e agora o aumento segue o envelhecimento da população.
O grupo de idosos com 60 anos ou mais foi responsável pelo registro de 71,7% das mortes registradas, cerca de 1,07 milhão de óbitos no ano passado. Na comparação com 2023, houve uma alta de 5,6%, ou 57.133 óbitos nessa faixa etária.
Ao todo, foram registrados 815.608 mil óbitos masculinos, um crescimento de 4,2% em relação ao ano anterior, e 678.372 femininos em 2024, um avanço de 5,0%. Já nas mortes por causas externas não naturais, o IBGE afirma que elas acometem especialmente os homens.
Em 2024, esse tipo de óbito acometeu 85.244 homens, número 4,7 vezes maior que o de mulheres, registrado em 18 mil. No recorte etário, essa sobremortalidade masculina é mais frequente entre adolescentes e jovens de 15 anos a 29 anos (27,5 mil), 7,7 vezes maior que entre as mulheres (3,5 mil).
O aumento de mortes aconteceu em todas as grandes regiões e em 26 unidades da federação - Roraima foi o único estado com queda (-5,7%). Sul (7,4%) e Centro-Oeste (6,2%) tiveram as maiores aumentos no número de mortes, enquanto o menor foi no Sudeste (4,0%), Nordeste (3,8%) e Norte (3,2%). Em Minas Gerais, as
Nascimento caem pelo sexto ano consecutivo
O número de novas crianças nascidas caiu pelo sexto ano consecutivo em 2024, com uma queda de 5,8%. Segundo o IBGE, foram 2,38 milhões de nascimentos ocorridos, enquanto em 2023 esse número foi registrado em 2,52 milhões. Em 2022 foram 2,6 milhões, enquanto em 2021 foram 2,7 milhões.
Todas as grandes regiões tiveram queda no número de nascimentos entre 2023 e 2024, especialmente no Sudeste, com recuo de 6,3%, Norte (6,2%) e Sul (6,0%). Nordeste e Centro-Oeste tiveram quedas menos intensas, com 5,3% e 4,7% respectivamente.