Expectativa de vida do brasileiro chega a 76,6 anos, a maior da história

Tábua de Mortalidade do IBGE mostra que o Brasil já retornou para o patamar de expectativa de vida registrado antes da Covid-19

Brasileiros vivem em média até os 76,6 anos

A expectativa de vida da população brasileira alcançou o maior patamar da história em 2024, com uma média de 76,6 anos, um crescimento de 2,5 meses em relação a 2023. A informação é da Tábua de Mortalidade 2024, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira (28).

Para as mulheres, a expectativa de vida chega em quase 80 anos (79,9), enquanto para os homens a média é de 73,3 anos. Nos últimos 84 anos, houve um crescimento exponencial do tempo médio de vida da população brasileira, saltando em 31,1 anos.

Entre as mulheres, o salto de 1940 para 2024 foi de 31,6 anos a mais, enquanto para os homens a média é de 30,4 anos. Os únicos anos em que houve uma queda na expectativa de vida foram durante a pandemia de Covid-19.

Segundo o IBGE, a crise do Coronavírus provocou a elevação do número de mortes no Brasil e no mundo, com a consequente redução da expectativa de vida ao nascer no país, que recuou para de 76,2 anos em 2019 para 74,8 em 2020, e 72,8 em 2021.

Durante a pandemia, o instituto também passou a divulgar os dados anualmente. Em 2023, a expectativa de vida voltou para o patamar pré-Coronavírus.

“A longevidade da população brasileira aumentou bastante nas últimas nove décadas. Quem nasceu em 1940 viveria, em média, 45,5 anos. Já em 2024, a expectativa de vida ao nascer chegou a 76,6 anos, representando um aumento de 31,1 anos, neste período”, disse o IBGE.

Mortalidade infantil volta a cair

A taxa de mortalidade infantil voltou a cair em 2024, com um recuo de 12,5 para 12,3 para cada mil crianças nascidas vivas. Na década de 1940, para cada mil crianças nascidas, 146,6 morriam. A queda expressiva está relacionada com as campanhas de vacinação em massa, à atenção ao pré-natal, o aleitamento materno, ação de agentes comunitários de saúde e programas de nutrição infantil.

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“Também contribuíram para a diminuição desse fatídico indicador os aumentos da renda, da escolaridade e do número de domicílios do país com acesso a serviços de saneamento adequado. A diminuição dos níveis de mortalidade, por sua vez, vem contribuindo para elevar a expectativa de vida dos brasileiros ao longo dos anos”, explicou o instituto.

A menor taxa de mortalidade infantil foi registrada em 2020, com 11,4 para cada mil crianças nascidas. Durante a crise sanitária o indicador também voltou a crescer, e agora registra a primeira queda depois de três anos de alta.

Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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