Número de divórcios diminui no Brasil pela primeira vez desde 2020

A última vez que a quantidade de divórcios diminuiu foi em 2020, quando houve queda de 13,6%

O divórcio, por sua vez, mantém-se como o caminho definitivo de extinção do vínculo conjugal e hoje pode tramitar extrajudicialmente, em cartório, quando houver consenso entre as partes e atendimento aos requisitos legais, inclusive com a assistência de advogado

O Brasil registrou redução no número de divórcios pela primeira vez desde 2020, segundo dados das Estatísticas do Registro Civil divulgadas nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de divórcios em primeira instância ou realizados por escrituras extrajudiciais caiu 2,8% em relação a 2023, totalizando 428.301.

A última vez que a quantidade de divórcios diminuiu foi em 2020, quando houve queda de 13,6%. Em 2024, a única região do Brasil que teve aumento foi a Norte, com um crescimento de 9,1%.

Em média, homens e mulheres se divorciaram aos 44,5 anos e 41,6 anos, respectivamente. Para cada 100 casamentos registrados, ocorreram 45,7 divórcios. O tempo médio da data do casamento e a da sentença do divórcio se manteve em 13,8 anos.

A pesquisa das Estatísticas do Registro Civil leva em conta os nascidos vivos, casamentos, óbitos e óbito fetais informados pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais; os divórcios declarados pelas Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis; e os divórcios extrajudiciais, realizados pelos Tabelionatos de Notas.

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A guarda para o pai após o divórcio segue uma linha com poucas oscilações desde 2014, com uma queda: em 2023, 3,3% das guardas ficavam para os pais, já em 2024, são 2,8% delas.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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