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152 kg de haxixe: o que se sabe sobre a maior apreensão de drogas no Aeroporto de Confins?

Droga estava escondida dentro de caixas metálicas que faziam parte de mercadoria importada por empresa de Juiz de Fora

Droga estava escondida dentro de caixas metálicas em aeronave que desembarcou em Confins

Uma carga de 152 kg de haxixe foi encontrada em uma aeronave que desembarcou no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, na última quarta-feira (29). A apreensão só foi divulgada nesta sexta-feira (31).

A droga estava escondida em caixas metálicas e foram encontradas após um trabalho de inteligência e uso de cães farejadores no terminam. O caso é investigado pela Polícia Federal e até mesmo a mercadoria onde ela estava escondida apresenta problemas, de acordo com o auditor fiscal e delegado da Alfândega de Belo Horizonte, Flávio Machado.

A Itatiaia listou as principais perguntas e respostas sobre a apreensão, que movimentou o Aeroporto Internacional de Confins nesta semana.

Auditor da Receita Federal, Flávio Machado, deu detalhes sobre a apreensão recorde em Confins

De onde saiu a droga?

De acordo com Machado, o avião que trazia 152kg de haxixe partiu de Miami, nos Estados Unidos, e passou por Lisboa, em Portugal, antes de desembarcar em Belo Horizonte. No entanto, ainda não é possível afirmar se o carregamento ilegal saiu do país norte-americano ou se foi inserido na Europa.

“A rota aérea que o avião veio trazendo a carga saiu de Miami, nos Estados Unidos, passou por Lisboa, em Portugal, até chegar em Belo Horizonte. Então, aonde essa carga foi inserida a gente não pode precisar ainda”, informa Flávio Machado.

Onde a droga estava escondida?

Ainda de acordo com o auditor da Receita Federal, a droga estava inserida dentro de um carregamento destinado a uma empresa importadora, com sede em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Os 152kg de haxixe estavam escondidos em caixas metálicas seladas.

“A droga foi encontrada no meio de uma carga de importação de uma empresa. A gente conseguiu identificar no meio dessa carga uma grande quantidade de droga. Elas estavam em caixa metálicas seladas, mas a nossa equipe de fiscalização, nosso cão farejador foi capaz de rastrear essa droga e a gente conseguiu identificar essa grande quantidade”, revela Machado.

Quanto vale a droga?

Segundo a Receita Federal, os 152kg de haxixe são avaliados em R$ 6 milhões.

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O restante do carregamento era legal?

Ao todo, o carregamento que pertencia a uma empresa importadora possuía 39 toneladas e é avaliada pela Receita Federal em R$ 50 milhões. Toda a carga foi apreendida pelo órgão, que aponta problemas na importação do material.

“A documentação inicial que acompanha [a carga] não condizia com as mercadorias. Então, em relação à mercadoria, nós estamos falando de possíveis crimes de contrabando ou de descaminho. O contrabando se dá se o tipo de mercadoria localizada for de importação proibida. Já o descaminho é quando a mercadoria pode ser importada, porém procedimento está irregular”, explica Flávio Machado.

O que acontece com a carga?

A droga apreendida no Aeroporto Internacional de Confins foi encaminhada à Polícia Federal, que acompanhou o procedimento e fez a localização do material.

Já o carregamento com as mercadorias estão de posse da Receita Federal, que abriu um procedimento administrativo fiscal para analisar a regularidade do carregamento.

Alguém foi preso?

Nenhuma pessoa foi presa. A Polícia Federal trabalha para investigar possíveis envolvidos com o tráfico de drogas.


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Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.
Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.