Ouvindo...

Aluguel pode variar 130% entre regiões de BH; veja o ranking

Morar de aluguel em regiões do Centro Sul e Oeste de Belo Horizonte custa quase o dobro do que morar em regiões de Venda Nova e Norte

Números estão em um levantamento feito pela plataforma de aluguéis Quinto Andar

A diferença no preço médio do aluguel residencial entre a região mais cara e a mais barata de Belo Horizonte chega a R$ 1.425 — pouco mais que o valor de um salário mínimo. Na região Centro-Sul, a mais valorizada da capital, o preço médio de um aluguel está em R$ 2.514. Os números estão em um levantamento feito pela plataforma de aluguéis Quinto Andar, com base em contratos fechados entre julho de 2020 e vinte e março deste ano.

Já em Venda Nova, a região mais em conta, a média dos aluguéis é de R$ 1.089 — ou seja, diferença de 131% se comparada com a região Centro-Sul. Na região Norte, a segunda mais barata da cidade, o preço médio do aluguel é de quase R$ 1.400. Confira o ranking

  1. Centro-Sul
  2. Oeste
  3. Nordeste
  4. Pampulha
  5. Leste
  6. Noroeste
  7. Norte
  8. Venda Nova

Diante do cenário, o especialista em dados do grupo Quinto Andar, Pedro Capetti, explica que as regiões mais baratas atraem um público jovem que está começando a vida. “O fator preço acaba sendo um dos principais pontos considerados na hora de alugar um imóvel. A gente observa que as regiões Venda Nova e Norte acabam se consolidando como mais acessíveis. Os moradores dessas regiões têm uma média de idade três anos menor do que os moradores das regiões com aluguéis mais caros”, disse.

Leia também

Leia também: Savassi tem metro quadrado mais caro de BH: veja pesquisa completa

Ele também destaca a incidência de pessoas solteiras morando nos bairros mais baratos. “Moradores solteiros procuram as regiões de Venda Nova e Norte. A gente percebe que os jovens solteiros acabam tendo uma renda menor e isso impacta nas escolhas. Os casais contam com duas rendas para pagar o aluguel”, disse.

Pedro explica que a ampla valorização da região Centro-Sul se deve a fatores estruturais e econômicos, como a presença de um grande número de oportunidades de emprego. “A questão do transporte e da locomoção é algo que afeta bastante a cidade. A região Centro-Sul é onde tem mais postos de trabalho, onde tem o setor de serviços, onde tem mais possibilidades de saúde. Morar próximo ao trabalho, gastar menos tempo no transporte é algo que impacta na vida do morador de Belo Horizonte e acaba sendo muito valorizado”, acrescentou.


Participe dos canais da Itatiaia:

Júlio Vieira é repórter da Itatiaia.