A dentista Camila Aparecida de Andrade Silveira, que atende com o nome de Camilla Groppo, pode responder na Justiça por, pelo menos, dois crimes. A profissional, que já era investigada por lesão corporal após ser denunciada por pacientes que teriam tido infecções graves depois de cirurgias de lipoaspiração de papada (lipopapada), agora é suspeita de uso de documento falso.
A informação foi confirmada à Itatiaia pelo delegado Alessando Santa Gema, responsável pelo caso. Segundo o policial civil, sua equipe descobriu durante a investigação que dois dos diplomas apresentados por Camila são falsificados. Um deles, inclusive, é justamente de um curso de 50 horas de ‘lipo de papada mecânica’, supostamente emitido pelo Centro de Treinamento em Anatomia (CTA). O outro diploma é de uma especialização emitido pela mesma instituição.
Alessandro explica que, durante depoimento nesta quinta (16), Camila foi informada que também seria investigada por uso de depoimento falso. A suspeita permaneceu calada neste momento, assim como não respondeu perguntas específicas sobre as contaminações ocorridas em sua clínica.
Imagens mostram rosto de paciente após procedimento de lipo de papada; Polícia Civil também investiga o caso.
O número de vítimas da dentista cresceu 175% durante a investigação, passando de 8 para 22. Agora, os investigadores aguardam o resultado dos laudos complementares que vão revelar a extensão das lesões sofridas pelas pacientes.
Outro lado
Procuradas pela Itatiaia, a dentista e sua defesa não se manifestaram. Em posts divulgados nas redes sociais, a defesa da profissional afirmou que a profissional tem fornecido todas as informações pertinentes aos órgãos responsáveis pelas investigações.
Relembre o caso
Camila Groppo começou a ser investigada pela Polícia Civil em março, após denúncias feitas por pacientes que tiveram complicações após cirurgias de lipoaspiração de papada. No mesmo mês, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte