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Policial que morreu após ser baleado em BH é sepultado nesta terça-feira (9)

Corpo do Sargento Roger Dias da Cunha será velado no Cemitério Bosque da Esperança; militar morreu dias antes de completar 30 anos

Roger Dias da Cunha morreu 20 dias antes de completar 30 anos

O sargento Roger Dias da Cunha, que teve morte cerebral após ser baleado na cabeça por um criminoso no bairro Novo Aarão Reis, na última sexta-feira (5), será velado e sepultado nesta terça-feira (9) em um cemitério da região Norte de Belo Horizonte. O policial morreu 20 dias antes de completar 30 anos.

Segundo um comunicado interno da Polícia Militar, o corpo de Roger Dias da Cunha começa a ser velado às 13h no Cemitério Bosque da Esperança, onde fica até às 17h. Depois, o corpo do sargento segue para sepultamento.

A morte cerebral do sargento Roger Dias da Cunha, baleado na cabeça na última sexta-feira (5) em Belo Horizonte, foi confirmada no início da noite de domingo (7). O policial militar foi alvejado na cabeça por um jovem que estava foragido após ser beneficiado pela ‘saidinha de Natal’. Por meio de uma mensagem, o Coronel Rodrigo Piassi do Nascimento, que é Comandante-Geral da PMMG, confirmou a morte e lamentou o caso: ‘À família, amigos e companheiros de trabalho, expresso minhas condolências e ressentimento’.

Quem é o policial baleado em BH?

O sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha tem 29 anos, é casado e possui uma filha recém-nascida. No sábado (6), ele completou 10 anos de carreira na PMMG.

Sargento baleado

A ‘saidinha’, como é conhecida a saída temporária, ganhou relevância especial depois que um sargento da polícia militar foi baleado na sexta-feira (5). O suspeito do crime é um homem que estava em saída temporária da cadeia.

Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, é apontado como o responsável por disparar várias vezes à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, na última sexta-feira, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte.

O Sargento Dias passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII - uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria.

Suspeito estava foragido da ‘saidinha’

Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados contra ele, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.

A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que Welbert não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tivesse apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu nenhum retorno.

A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) emitiu, neste domingo (7), comunicado em que disse ser “lamentável” vincular o ataque a tiros ao policial militar Roger Dias da Cunha à decisão que concedeu o benefício da saída temporária ao suspeito do crime. Segundo a entidade, o caso reflete problemas como a desigualdade social e a existência de uma sociedade “cada vez mais violenta”. Leia a nota na íntegra.

Prisão mantida

Neste domingo (7), Welbert de Souza Fagundes e outro suspeito de participação no crime, Geovanni Faria de Carvalho, de 34, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva, após a realização de audiência de custódia no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.