A mulher de 26 anos que foi presa suspeita de matar o companheiro, um guarda municipal de Belo Horizonte, Luiz Antônio Faria Leonel, de 35, no povoado de Varginha, zona rural de Mateus Leme, na região metropolitana, foi solta nessa terça-feira (31). A decisão da juíza Karina Veloso Gangana Tanure, da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Mateus Leme, ocorreu na segunda-feira (30), um dia após o crime.
Conforme o boletim de ocorrência, a jovem contou aos policiais que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima há sete anos e que o casal foi para um sítio passar o fim de semana. No último domingo (29), ela a vítima beberam e, em determinado momento, o guarda teria recebido mensagens no WhatsApp do seu irmão perguntando se era ele que estava ficando com uma determinada mulher.
Desconfiada de traição, a mulher começou a discutir com o homem. Segundo o registro policial, ela deu pedradas na cabeça do companheiro. Em seguida, ela contou que levou a vítima até o banheiro para lavar os sangramentos. Contudo, a briga continuou. Foi então que ela pegou uma faca e golpeou o peito do homem.
Após o crime, ela ligou para um amigo da vítima, também guarda municipal, que informou os fatos para a polícia Militar. A perícia constatou dez lesões na cabeça, provocadas pelos golpes de pedra, e uma perfuração. A arma foi jogada na piscina e localizada pela polícia.
Naquela data, a Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Central Estadual do Plantão Digital, ratificou a prisão em flagrante pelo crime de homicídio qualificado.
Contudo, na nova determinação, magistrada destacou que “flagrada acionou a Polícia Militar, além de permanecer no local dos fatos, o que deve ser considerado no presente caso em apreço”. Além disso, considerou que ela é ré primária, com bons antecedentes, “nenhum fato anterior que a desabone” e “não apresenta periculosidade para o meio social”.
Diante disso, foi concedida a liberdade provisória da mulher mediante cumprimento de medidas cautelares. São elas: a assinatura de termo de compromisso de comparecimento a todos os atos da investigação e da futura ação penal; o comparecimento mensal perante o juízo para informar e justificar suas atividades e a proibição de se ausentar da comarca na qual reside (Belo Horizonte), durante a instrução processual penal, sem prévia justificação e autorização.
Corporação lamenta morte
O comando da Guarda Civil Municipal lamentou, por meio de nota, “profundamente o ocorrido e informa que a vítima tinha ingressado na corporação em março deste ano.” Veja a nota na íntegra
“O comando da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) lamenta profundamente o ocorrido e informa que a vítima tinha ingressado no corporação em março deste ano. Segundo o Registro de Evento de Defesa Social (REDS), o guarda municipal foi agredido a pedradas na cabeça e com uma facada no peito. A namorada, com quem ele mantinha um relacionamento há sete anos, confessou o crime. Ela alegou que não usavam drogas e nem era vítima de violência doméstica, tendo cometido o crime durante uma crise de ciúmes, após ler uma mensagem no celular do agente, onde o irmão dele perguntava se ele estaria se relacionando com outra mulher. A vítima tinha 35 anos. O crime será investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.”