O zoológico de Belo Horizonte recebeu uma fêmea de arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), nessa quinta-feira (27). O animal veio do Zoológico de São Paulo. De acordo com a Prefeitura de BH, a arara ficará em quarentena, sob os cuidados da equipe veterinária e de biologia. Batizada de “Maria Eugênia”, a arara realizará exames e aspectos comportamentais e de adaptação serão acompanhados.
Maria Eugênia deve ser incorporada ao plantel do Zoológico de BH, assim que apresentar plenas condições de convivência. O objetivo do zoológico é fazer com que o animal consiga formar casal e reproduzir.
A arara chegou ao Zoológico de São Paulo ainda jovem, em 2006, por meio de uma apreensão da Polícia Federal. Com a incorporação ao plantel, o Zoológico de BH passa a contar com 11 aves.
Segundo o município, a espécie está ameaçada de extinção, estando incluída na categoria “Perigo”, segundo a classificação da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
De acordo com a PBH, a chegada de Maria Eugênia ao zoológico da capital mineira tem como objetivo conservar a espécie, já que há apenas 2,2 mil aves em vida livre. A partir da reprodução dessas aves em cativeiro, o zoológico de BH quer manter uma população de segurança para uma futura reintrodução na natureza.
A ação integra o Plano de Manejo e Conservação da Arara-Azul-de-Lear (PAN). O PAN é coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).
Arara-azul-de-lear é uma das aves mais raras do mundo
A Arara-azul-de-lear é uma ave da ordem dos Psittaciformes, da família Psittacidae. O animal também é conhecido como arara-azul-menor. A espécie da arara é considerada uma das aves mais raras do mundo e está criticamente ameaçada de extinção.
Na natureza, ave é encontrada apenas na caatinga baiana, em uma região conhecida como Raso da Catarina, na Bahia.
